São Paulo, quarta-feira, 12 de fevereiro de 1997
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Blitz do bafômetro pega 2 motoristas

DA REPORTAGEM LOCAL

Mais duas pessoas foram flagradas na madrugada de anteontem pelas blitze realizadas com bafômetros do CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito) na cidade de São Paulo.
O balanço parcial da operação, que começou na sexta-feira de Carnaval, já contabiliza 17 veículos apreendidos e 21 pessoas multadas (R$ 109,29), que também tiveram suas carteiras de habilitação confiscadas.
Na madrugada de anteontem houve blitze em três pontos da cidade, e 131 motoristas se submeteram ao teste do bafômetro, para medir a dosagem alcoólica no sangue.
Uma das pessoas que foi flagrada com mais de 0,8 grama de álcool por litro de sangue (o limite máximo estabelecido) estava trafegando nas imediações do Sambódromo (zona norte). A outra, no bairro da Penha (zona leste).
Intensificação
Durante o Carnaval, o CPTran intensificou as blitze com os bafômetros na cidade. Desde a última sexta-feira, há cerca de 150 policiais trabalhando na operação -o dobro do normal.
Na primeira semana da operação, 245 pessoas foram submetidas ao teste. Destas, 21 estavam alcoolizadas.
Segundo a direção do CPTran, as blitze durante o Carnaval se concentram em avenidas próximas a bares e principalmente clubes que promovem bailes.
Contraprova
Hoje, o motorista que é parado pela blitz do bafômetro não é obrigado a fazer o teste. Nesse caso, ele é conduzido pelas autoridades policiais para fazer a coleta de sangue para uma posterior análise do material.
"Mas o motorista que duvidar do resultado apontado pelo bafômetro também pode requerer uma análise de sangue, para usar como contraprova", disse Goffredo da Silva Telles, 81, professor emérito da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo).
Segundo ele, as blitze realizadas são legais, pois é função da polícia atuar preventivamente, para garantir a segurança da população.
"O melhor, no entanto, seria criar uma lei que regulamentasse em detalhes o procedimento das blitze", disse Telles.

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