São Paulo, quarta-feira, 12 de fevereiro de 1997 |
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Atletas usam o Carnaval como treino ALEXANDRE GIMENEZ e ARNALDO RIBEIRO ALEXANDRE GIMENEZ; ARNALDO RIBEIRO
A festa que outrora era considerada prejudicial à saúde dos jogadores de futebol tornou-se uma complementação dos treinamentos. O Carnaval mudou de status, sendo aprovado agora por técnicos e preparadores físicos. Por isso, os atletas dos grandes clubes de São Paulo, após a primeira rodada do Campeonato Paulista, tiveram folga de segunda-feira até hoje para aproveitarem a folia. "Dois dias de folga não vão tirar, em hipótese alguma, o condicionamento físico que eles adquiriram na pré-temporada", disse Moraci Sant'Anna, preparador físico do São Paulo. "Além disso, os desfiles de Carnaval servem como uma movimentação, um exercício para os jogadores", disse Nelsinho Batista, técnico do Corinthians. O treinador acha que os jogadores de futebol estão mais responsáveis e não comentem mais os excessos de antigamente. "As únicas recomendações que fizemos é para que os atletas não exagerem nas bebidas alcoólicas e que durmam, no mínimo, sete horas", afirmou Nelsinho. "Tenho certeza que todos vão se reapresentar aptos para os treinamentos", acrescentou. Os foliões O maior problema de Nelsinho é o atacante Túlio. O jogador saiu de Limeira, interior de São Paulo, no domingo, após o jogo do Corinthians, e foi para o Rio de Janeiro desfilar na escola de samba Império Serrano. Em seguida, acompanhado pelo goleiro Ronaldo, rumou para Salvador, na Bahia. Lá, foi a maior atração do camarote do banco Excel Econômico, o patrocinador do Corinthians e dono de parte de seu passe. No Palmeiras, que deu três dias de "descanso" aos jogadores, a preocupação maior é com o atacante Viola, o "rei" dos desfiles carnavalescos. O jogador decidiu sair em nada menos que sete escolas de samba, cinco de São Paulo e duas do Rio de Janeiro. "Faço isso sempre porque sei que não me prejudica", afirmou Viola. No Santos, o técnico Wanderley Luxemburgo também dispensou os atletas até esta quarta-feira, mas recomendou "juízo" durante o Carnaval. Próximo Texto: Lusa, a exceção, briga contra o 'tempo perdido' Índice |
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