São Paulo, quarta-feira, 12 de fevereiro de 1997 |
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'Ansiedade atrapalha', diz Diegues
INÁCIO ARAUJO
A maneira de encarar o resultado tem a ver com uma posição sua sobre o cinema brasileiro, segundo a qual "muita ansiedade só atrapalha": "É preciso ir com calma. Não querer que cada filme faça milhões, quebre recordes." O cineasta acredita que a não indicação para o Oscar não altera o destino comercial de seu filme, internacionalmente. Segundo ele, "'Tieta'já está vendido em quase todo o mundo". No Brasil, sim: "Eu tenho a impressão de que o filme poderia ter rendido mais". Com uma indicação poderia se repetir o efeito "Quatrilho": um relançamento em cinemas e aumento na venda de fitas de vídeo. Diegues sustenta que o essencial, no atual momento do cinema brasileiro é "aprender tudo de novo: descobrir o público, o mercado". Sua análise é que no tempo da Embrafilme (empresa estatal fechada em 1990, no início do governo Collor) o cinema brasileiro era "quase um gênero". "Hoje, ao contrário, não se pode nem dizer que existam tendências. Cada filme é um filme, cada um tem de encontrar sua maneira de ser produzido e lançado", diz. Texto Anterior: Os mais indicados Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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