São Paulo, quarta-feira, 12 de fevereiro de 1997
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Israel ataca o Líbano 4 vezes em 3 horas

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Israel retomou seus ataques ao Líbano e ontem chegou a bombardear Baalbek, cidade arqueológica 80 km a nordeste de Beirute. Os alvos são o grupo islâmico Hizbollah (Partido de Deus) e a Frente Popular pela Libertação da Palestina-Comando Geral (FPLP-CG).
Foram quatro ataques em menos de três horas, segundo a agência "France Presse". Pelo menos sete pessoas ficaram feridas na ação.
O governo do Líbano pediu uma reunião do Comitê de Vigilância, formado inclusive por EUA e França, que observa a trégua conseguida em abril no ano passado.
As ações acontecem fora da autoproclamada zona de segurança de Israel no sul do Líbano.
No ano passado, na chamada operação Vinhas da Ira, Israel mirou alvos do Hizbollah.
Nos ataques de ontem, antena da rádio Voz dos Oprimidos, do grupo, foi atingida.
Em outra ação, três militantes palestinos ficaram feridos, a cerca de cinco quilômetros da fronteira sírio-libanesa.
O Líbano diz que os ataques dos últimos dias -inclusive os de ontem- constituem uma violação ao cessar-fogo com os israelenses.
Os Exércitos do Líbano e da Síria e forças do Hizbollah responderam com baterias antiaéreas aos ataques israelenses.
Negociações
O presidente Jacques Chirac, da França, pediu ontem ao premiê libanês, Rafik al Hariri, que as negociações de paz entre Síria, Israel e Líbano sejam retomadas.
O Líbano é, na prática, um satélite político da Síria. Além das questões da zona de segurança, sírios e israelenses discutem também a devolução das colinas do Golã, ocupadas por Israel em 1967.
"A França aguarda uma retomada das negociações por um acordo global, seguindo o princípio de terra pela paz", disse Chirac a Al Hariri, em Paris.
A fórmula desagrada ao premiê Binyamin Netanyahu, que não quer que esse princípio seja uma precondição para a negociação.
Netanyahu disse que não haverá paz enquanto a Síria mantiver "uma guerra indireta" contra Israel, isto é, apoiar as ações de grupos guerrilheiros na região.
A Síria tem 35 mil soldados estacionados no Líbano.

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