São Paulo, segunda-feira, 17 de fevereiro de 1997
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Anchieta iniciou vida intelectual no país

SILVIO CIOFFI
DA REDAÇÃO

O padre José de Anchieta (1534?-1597), que alguns livros chamam de Joseph d'Ancheta, nasceu em São Cristóvão de la Laguna, Tenerife, nas Canárias, e morreu em Reritiba, cidade capixaba que hoje leva seu nome.
Catequista, poeta e gramático, Anchieta tinha, pelo lado paterno, parentesco com santo Inácio de Loyola. Já a família de sua mãe, segundo biografia escrita pelo padre Hélio Viotti, muito provavelmente descendia de cristãos-novos (judeus convertidos).
Graças à origem fidalga, Anchieta estudou em Coimbra.
Nessa época dedicou-se com tal afinco à poesia latina que os colegas o chamavam de "canário de Coimbra". Ingressou depois, em 1551, na Companhia de Jesus.
Sua vinda para o Brasil na comitiva do segundo governador-geral dom Duarte da Costa aconteceu em 1553, quando o jesuíta tinha cerca de 20 anos.
Provincial da Companhia de Jesus no Brasil de 1578 a 1585, Anchieta catequizou e pacificou os índios, chegando mesmo a dizer que se dava melhor com eles do que com os portugueses.
Paralelamente a esse trabalho, o "apóstolo do Brasil" desenvolveu intensa atividade intelectual. Publicou "A Arte da Gramática da Língua mais Usada na Costa do Brasil", em 1595, e escreveu poemas e peças de teatro.
Entre os pontos altos de sua vida está a fundação de São Paulo, em 1554. Anchieta também participou da fundação do Rio de Janeiro (1565), trabalhou na Bahia, Pernambuco e Espírito Santo.

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