São Paulo, terça-feira, 25 de fevereiro de 1997
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Presidente pede desarmamento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a pedir, por intermédio do porta-voz, Sergio Amaral, o desarmamento e o fim da violência no campo.
Segundo Amaral, FHC viu com preocupação o novo conflito no Pontal de Paranapanema (extremo oeste de São Paulo).
Oito trabalhadores rurais ficaram feridos, na tarde de anteontem, após tentativa de invasão da fazenda São Domingos, no município de Sandovalina. Eles foram recebidos à bala por seguranças da propriedade.
"Essa é mais uma razão para que seja atendido o apelo que o presidente já fez para o combate à violência no campo e para o desarmamento", disse Sergio Amaral.
Desarmamento
O ministro Nelson Jobim (Justiça) disse ontem que serão realizadas operações de desarmamento no Pontal do Paranapanema e na região do Bico do Papagaio (sudeste do Pará, norte do Tocantins e sul do Maranhão).
Segundo ele, as operações dependem apenas de acertos com os governadores dessas regiões.
Irão participar das ações o Exército e as polícias Federal, Rodoviária, Civil e Militar.
No Bico do Papagaio, considerada a zona rural mais violenta do país, segundo levantamento do governo, a operação servirá também para o combate de casos de trabalho escravo, do narcotráfico e da exploração ilegal de madeira.
No caso do Pontal do Paranapanema, o ministro afirmou que a operação será discutida no Conselho de Segurança Pública do Sudeste, que reúne os secretários de Segurança dos Estados.
Armas ilegais
Para o ministro, o principal objetivo das operações é desarmar fazendeiros e invasores que têm armas ilegais.
Mas servirá também, segundo Jobim, para o cumprimento de ordens de prisão contra foragidos da Justiça.
As operações são baseadas na lei que tornou crime o porte ilegal de arma, sancionada na semana passada.
Com essa legislação, as polícias podem entrar em propriedades privadas para apreender armas.

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