São Paulo, terça-feira, 25 de fevereiro de 1997
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Ramos pode ter mentido

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O relator da CPI dos Precatórios, senador Roberto Requião (PMDB-PR), disse ontem ter indícios de que o coordenador da Dívida de São Paulo, Wagner Ramos, mentiu durante depoimento na comissão.
Requião disse que a CPI apreendeu cópia de um contrato firmado entre Ramos e uma empresa de consultoria.
"Em depoimento, ele disse que o único contrato que tinha era com a corretora Perfil", disse o senador, sem fornecer o nome da outra empresa com a qual Ramos teria ligações.
O senador afirmou que o contrato descoberto pela CPI guarda muitas semelhanças com aquele firmado com a Perfil.
A prestação de falso testemunho é considerada crime. Foi ameaçando prender pelo mesmo motivo o dono da IBF Factoring, Ibraim Borges Filho, que a CPI conseguiu arrancar o depoimento que levou a cinco instituições financeiras supostamente ligadas à fraude.
Ramos é apontado por Requião como o homem que desenhou as operações supostamente irregulares com títulos públicos.
Na sexta passada, Ramos pediu afastamento do cargo de coordenador da Dívida Pública alegando "motivos de saúde". O prefeito Celso Pitta concordou.

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