São Paulo, terça-feira, 25 de fevereiro de 1997
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Cofap nega rumores de mudanças no seu controle

FREDERICO VASCONCELOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria automobilística poderá ser surpreendida com nova negociação envolvendo o controle acionário da Cofap, maior fabricante brasileira de autopeças.
Oficialmente, a Cofap informa que não procedem as especulações sobre entendimentos para a venda da participação acionária de Leon e Nelson Kasinski, sobrinhos do presidente-executivo da empresa, Abraham Kasinski.
Nos últimos dias, contudo, intensificaram-se os rumores de que a parte dos sobrinhos de Abraham estaria sendo negociada com outros grupos empresariais.
Em família
Leon e Nelson, filhos de Boris Kasinski, irmão de Abraham, possuem 40% das ações da Cofap.
Em outubro de 1995, quando o Bradesco adquiriu 40% das ações da empresa, pondo fim a um conflito judicial na família Kasinski, um acordo permitiu que Abraham mantivesse a maioria do capital votante da indústria de peças.
Como interessava ao Bradesco adquirir apenas o suficiente para manter o comando nas mãos de Abraham, os sobrinhos concordaram, na ocasião, em não exigir que o banco comprasse suas ações.
Pelo acordo, Nelson e Leon tinham a preferência para adquirir as ações de Abraham em 1997. Os planos então anunciados previam que Abraham deixaria o comando da Cofap em 11 de julho deste ano, quando fará 80 anos.
Por se tratar de empresa de capital aberto, com ações em Bolsa, a Cofap não pode confirmar eventuais entendimentos que ainda estejam em fase preliminar. O Bradesco não comenta eventuais mudanças na indústria.
Quando eram avançadas as negociações para a compra da Metal Leve, as duas indústrias, consultadas pela Bovespa, negaram a operação confirmada semanas depois.

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