São Paulo, terça-feira, 25 de fevereiro de 1997
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Grammy troca Los Angeles por Nova York

CLÁUDIA TREVISAN
DE NOVA YORK

O Grammy, equivalente musical do Oscar, trocou Los Angeles por Nova York. O prêmio será entregue amanhã no Madison Square Garden, estádio com capacidade para 12 mil pessoas.
O estádio está fechado há oito dias para a preparação do evento, o maior que já sediou em sua história. Em um megashow de rock, por exemplo, o Madison Square Garden é preparado com dois ou três dias de antecedência.
Em Los Angeles, o Grammy era entregue no Shrine Auditorium, que tem 5.500 lugares.
Essa será a 39ª edição do Grammy. São 89 categorias dividias em 27 áreas musicais.
Neste ano, três brasileiros concorrem ao prêmio. O cantor Ivan Lins disputa a categoria jazz instrumental pelo disco "The Hearts Speaks", realizado em parceria com o trompetista norte-americano Terence Blanchard.
O carioca Moogie Canazio é um dos cinco indicados que brigam pelo prêmio de melhor engenheiro de som. Ele recebeu a distinção por seu trabalho no disco "Oceano", do tecladista Sérgio Mendes.
O maestro Tom Jobim concorre postumamente ao prêmio de melhor caixa de CDs, com "The Man From Ipanema".
Indiretamente, ele também disputa prêmio na categoria jazz instrumental, pelo disco "Antonio Carlos Jobim and Friends", do pianista Gonzalo Rubalcaba.
Além das áreas específicas, há uma genérica, em que são premiadas as seguintes categorias: música do ano, álbum do ano, canção do ano (prêmio para o compositor) e melhor novo artista.
Como melhor álbum do ano, foram indicados "Odelay" (Beck), "Falling Into You" (Celine Dion), "The Score" (Fugees), "Mellon Collie and the Infinite Sadness" (Smashing Pumpkins) e "Waiting to Exhale" (vários artistas).
Na categoria de melhor novo artista concorrem os artistas ou grupos que tiveram a primeira música lançada entre 1º de outubro de 95 e 30 de setembro de 96. Foram indicados Garbage, Jewel, No Doubt, Tony Rich Project e LeAnn Rimes.
Na categoria de melhor música do ano concorrem "Give Me One Reason" (Tracy Chapman), "Change The World" (Eric Clapton), "Because You Loved Me" (Celine Dion), "Ironic" (Alanis Morissette) e "1979" (Smashing Pumpkins).
Para a melhor canção -prêmio que vai para o compositor- foram indicados "Because You Loved Me" (Diane Warren), "Blue" (Bill Mack), "Change the World" (Gordon Kennedy, Wayne Kirkpatrick e Tommy Sims), "Exhale" (Babyface) e "Give Me One Reason" (Tracy Chapman).
A cerimônia acontece a partir das 20h (22h de Brasília) de amanhã. O evento será transmitido ao vivo pela rede de televisão CBS.
A mudança de cidades foi precedida de uma feroz disputa entre Los Angeles e Nova York.
A organização do evento será US$ 1 milhão mais cara do a do ano passado, segundo Michael Greene, presidente da Academia Nacional de Artes Musicais e Ciência.
O Grammy deste ano é patrocinado pela Coca-Cola, que destinou US$ 10 milhões para a campanha.
O trânsito será interrompido nas quadras próximas ao Madison Square amanhã à noite.
A cidade sentirá os efeitos da premiação em outra área: a linha do metrô que passa na Oitava Avenida será fechada. Os trens serão especialmente decorados para levar convidados à festa que será realizada no Hotel Sheraton.
Mas o empenho de Nova York não é garantia de que a cidade sediará o Grammy no próximo ano. O presidente da academia diz que essa decisão dependerá do que Los Angeles e Nova York oferecerem.

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