São Paulo, terça-feira, 25 de fevereiro de 1997
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Mostra abrangerá arte anterior ao descobrimento

CELSO FIORAVANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

A Fundação Bienal será a responsável pela organização da mostra de artes plásticas brasileiras comemorativa do 5º centenário. Nelson Aguilar, que já curou as duas últimas edições da Bienal de São Paulo, ficará encarregado de mais essa curadoria.
A mostra deve ser inaugurada no aniversário da 1ª missa no Brasil, em 2 de maio do ano 2000, e durar cerca de dois meses. "Podemos até pensar em uma missa campal no Ibirapuera", disse Aguilar.
A mostra será dividida em dez segmentos: Arqueologia, Arte Indígena, Arte Colonial, Arte do Século 19, Arte Popular, Arte Afro-Brasileira, Arte Moderna, Arte Virgem, Olhar Distante e Arte Educação.
O segmento Arte Virgem vai abranger a arte de internados, por meio da contribuição do Museu das Imagens do Inconsciente e da Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, no Rio.
"O segmento Olhar Distante é o olhar do estrangeiro. É a maneira como o país é visto desde os cartógrafos até Vieira da Silva, que esteve aqui nos anos 40. Ele será encabeçado por uma pessoa de fora, mas absolutamente envolvida com as artes, a história e a cultura brasileira", adiantou o curador.
O segmento Arte Educação não estará presente diretamente na exposição, mas cuidará da orientação das monitorias e da educação pela arte. Vai ser responsável pela divulgação do evento em escolas ou por CD-ROMs e Internet.
A mostra será exibida em sua integralidade -com cerca de 30 mil metros quadrados- apenas no pavilhão da Bienal, em São Paulo. Para outras capitais brasileiras, serão criados módulos itinerantes.
Nelson Aguilar ainda não fala em artistas ou obras que devem estar na exposição, mas deixa escapar nomes como Arthur Bispo do Rosário, Mestre Didi e Marcos Coelho Benjamim. "São nomes da arte moderna, que é uma espécie de ágora, de encontro de todos os segmentos", disse.
(CF)

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