São Paulo, terça-feira, 25 de fevereiro de 1997
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Fujimori admite que tomada da casa poderia ter sido evitada

Polícia sabia que MRTA tinha levado armas a Lima

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente do Peru, Alberto Fujimori, admitiu que a tomada da residência do embaixador japonês poderia ter sido evitada. As forças de segurança sabiam que armas do MRTA estavam sendo transportadas para Lima.
A casa foi tomada em 17 de dezembro por guerrilheiros do MRTA (Movimento Revolucionário Tupac Amaru), que mantêm 72 reféns em seu poder.
Segundo Fujimori, o Serviço de Inteligência Nacional soube que o MRTA transportou armas da selva central peruana até Lima antes de ocorrer a tomada da casa.
"Era uma informação geral, e não se sabia o lugar nem a oportunidade em que se ia produzir o delito", afirmou Fujimori.
O presidente disse, porém, que "se poderia ter suspeitado que algo ia ocorrer, e, com maior probabilidade, na Embaixada do Japão". Fujimori disse que os responsáveis serão punidos.
Negociações
Ocorreu ontem a quinta rodada de negociações entre os guerrilheiros e representantes do governo.
Pela segunda vez consecutiva, o líder do MRTA, Nestor Cerpa, esteve reunido com o negociador do governo, o ministro da Educação, Domingo Palermo.
Após a reunião, foi emitido comunicado que destacou o "ambiente de cordialidade" em que se desenvolveu o diálogo. O único resultado foi a marcação de nova reunião, que acontece hoje.
O MRTA exige a libertação de cerca de 400 militantes do grupo. O jornal japonês "Mainichi Shimbun" disse ontem que Fujimori está considerando a possibilidade de libertar membros do MRTA.

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