São Paulo, sexta-feira, 28 de fevereiro de 1997 |
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Governo negocia limite à CPI
MARTA SALOMON
Em um telefonema testemunhado no início da tarde de ontem pela Folha, o senador Gilberto Miranda (PFL-AM) transmitiu ao ministro Pedro Malan (Fazenda), por meio do chefe de gabinete deste, José Carlos Fonseca, a possibilidade de a CPI atingir os grandes bancos na próxima semana. "O Jader quer botar fogo", disse Miranda. Era uma referência ao líder do PMDB, Jader Barbalho (PA), que cobra do Banco Central o paradeiro dos títulos emitidos por Estados e municípios. No mesmo telefonema, Miranda disse que o "Antonio" (Carlos Magalhães, presidente do Senado) "está ajudando" a manter a CPI restrita aos títulos emitidos para pagamento de ações judiciais. Igualmente íntimo em relação ao ministro da Fazenda, Miranda disse que precisava conversar com o "Pedro" sobre o destino das investigações. Ele ponderou: "O presidente dá declarações de que quer ir fundo nas investigações; o governo precisa ver o que quer". Fora do telefone, Gilberto Miranda disse que o governo não pretende ver ampliados os trabalhos da comissão do Senado. Disse mais: segundo ele, se os parlamentares fossem investigar as emissões de outros títulos públicos, também poderiam encontrar fraudes. "Tem esquema em tudo", afirmou. Texto Anterior: CPI agora quer convocar grandes bancos Próximo Texto: Entenda como funcionam as "turmas" do escândalo dos títulos Índice |
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