São Paulo, sexta-feira, 28 de fevereiro de 1997 |
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Clonagem de ovelha só podia vir da Escócia
BARBARA GANCIA
E o papa que me perdoe, mas, como diria minha tresloucada amiga Bucicleide, só se fala em outra coisa: clonagem. Claro, depois de babar com a dupla Ro-Ro no jogo de quarta, o pessoal já está tendo idéias. Como, por exemplo, confeccionar 11 Romários e 11 Ronaldinhos para jogarem juntos na Copa de 2014. Mas não sem antes enterrar a forma de clonagem do Zagallo nas profundezas do mar do Norte. E a clonagem da ovelha Dolly só podia mesmo ter acontecido na Escócia. Amo escocês de paixão, mas que eles têm tara por ovelha, isso têm. Existe até um personagem escocês de histórias em quadrinhos, o Haggis. Ele foi inspirado no suculentíssimo prato com o mesmo nome, que vem a ser um cozido de entranhas de ovelha. Dá para imaginar como o personagem é bonitinho? Acho que os escoceses só inventaram o uísque para tomar antes de ter de encarar um prato de haggis pela frente. E eu não vivo dizendo que praga de mãe pega mais do que conjuntivite em escritório com ar-condicionado central? Tenho certeza de que a cara leitora já deve ter ouvido a própria mãe dizer que espera que você tenha uma filha igualzinha a você. Pois, com a clonagem, isso se torna possível. Eu, hein! Só se me mandarem de volta com as pernas da Mágda, os peitos da Elle McPherson, o bumbum da Globeleza (o da Carla Perez é muito "cheguei" pro meu gosto), a cara da Sharon, a voz da Ella Fitzgerald e a cabeça da Rita Levi Montalcini, aquela bióloga italiana que ganhou o prêmio Nobel. Mas, antes, a clonagem deve servir a fins mais nobres. Os palestinos não vivem com medo de que o Arafat seja assassinado? Ele não tem de dormir cada noite em um lugar diferente? Pois então. Faz outro Arafat e guarda no armário para qualquer eventualidade. Agora, se fosse para clonar a gosto, queria uma Marlene Mattos para cuidar da minha carreira de modelo, atriz e cantora e um Sérgio Motta como segurança. O resto, deixa que eu me viro. Texto Anterior: Pitta tenta 'clonar' Maluf em inauguração Próximo Texto: Que nada; "Les otários"; Bárbara Índice |
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