São Paulo, sexta-feira, 28 de fevereiro de 1997 |
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Taxa de infecção chega a 14%
AURELIANO BIANCARELLI
Segundo o epidemiologista Carlos Starling, a incidência -que refletiria melhor a realidade- aponta uma taxa entre 5% e 10%. Em países do Primeiro Mundo, a média é de 5%, semelhante a de muitos hospitais brasileiros. O mais grave, dizem os especialistas, é que 80% dos hospitais não fazem um controle adequado e ninguém sabe a real incidência. Considerando-se uma taxa média de 7%, os 10 milhões de internações por ano no país resultariam em 700 mil casos de infecção, dos quais quase 100 mil morrem com a infecção ou em decorrência dela. Segundo Starling, o controle das infecções nos hospitais melhorou muito nos anos 80, com a criação de serviços e associações. Com a morte do presidente Tancredo Neves, vítima de infecção, os controles atingiram seus melhores níveis. No início dos anos 90, os serviços montados nos Estados começaram a ser desmantelados, diz Starling. "Baixos salários e a precária infra-estrutura levaram profissionais especializados a abandonarem os serviços." Segundo o médico, hospitais da capital mineira de forma voluntária, estão participando do Sistema Automatizado de Controle de Infecção, que já seria o maior banco de dados sobre o tema no país. Onze hospitais da capital mineira já teriam reduzido em até 60% a taxa de infecção. (AB) Texto Anterior: Infecção hospitalar atinge 700 mil por ano Próximo Texto: Para federação, lei é "avanço" Índice |
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