São Paulo, sexta-feira, 28 de fevereiro de 1997
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CPI dos títulos derruba ações de bancos

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A informação de que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos precatórios pretende investigar as operações de alguns grandes bancos agitou o mercado financeiro, especialmente as Bolsas de Valores. Com isso, o Ibovespa encerrou o dia com queda de 1,7%.
Contribuiu para o desempenho da Bolsa de São Paulo o pessimismo que baixou no mercado de ações de Nova York, que também voltou a operar em baixa.
Entre os papéis mais negociados no mercado paulista, os das estatais foram os que apresentaram as maiores baixas. Telebrás PN, por exemplo, recuou 1,93%, concentrando 63% do total de negócios.
Bancos
As ações do Mercantil de São Paulo (PN), de acordo com a Economática, foram as que apresentaram a maior queda, entre as ações de bancos negociadas no mercado paulista, recuando 5% no dia.
Em segundo lugar, aparece Itaubanco PN, com queda de 3,5%, seguido de Bradesco PN (-2,2%).
Outros oito diferentes papéis de instituições bancárias também encerraram o dia com queda em suas cotações na Bolsa paulista.
Câmbio e juros
O nervosismo não chegou ao mercado de câmbio e juros. No fechamento, os contratos negociados na BM&F registravam queda.
Nova York
O mercado nova-iorquino de ações operou ontem ainda sob o impacto do depoimento do presidente do banco central dos EUA, Alan Greenspan, com queda no preço das principais ações e alta no mercado de juros.
O Dow Jones, índice das ações mais negociadas, chegou a cair 0,9% no dia comparado ao fechamento do dia anterior.
Como o Dow Jones chegou a bater 59 pontos de queda, os computadores passaram automaticamente a dar ordens de venda -o que sempre ocorre quando o recuo é superior a 50 pontos.
Os investidores temem que as declarações de Greenspan acabem redundando em alta dos juros, por isso muitos preferiram vender seus papéis.
O indicador relativo às encomendas de bens duráveis -mostrando crescimento de 3,6% em janeiro- contribuiu para aumentar o pessimismo do mercado.

Com agências internacionais

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