São Paulo, sexta-feira, 28 de fevereiro de 1997
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Propaganda do PT; Voto favorável; Ensino técnico; Sexo irresponsável; Clonagem; Armas ilegais; Futricas; Senna; Influência da TV

Propaganda do PT
"Dos partidos políticos brasileiros o PT é o que recebe a minha simpatia por ser inovador e até mesmo por tentar manter-se íntegro perante as 'tentações' existentes em nosso mundo. Mas achei ridícula a idéia de imitar a Folha em sua campanha de aniversário.
Os publicitários responsáveis pela propaganda do PT ofendem-nos ao afirmar que não houve imitação, pois tentam com isso alegar que não possuímos capacidade de distinguir uma coisa da outra.
Acho melhor admitirem a 'bola fora' e partirem para outra.
A Folha está certa na abertura do processo."
Sandra de Albuquerque (São Paulo, SP)
*
"Como leitor da Folha, não vou discutir o mérito da ação do jornal contra o PT por plágio, mas que ambas ficaram lindas, verdadeiras e devem ficar no ar, até como homenagem ao sr. Olivetto.
O prestígio da Folha é de saber traduzir os anseios de seus leitores e isso não traz prejuízo algum e sim admiração."
João Sigrist Neto (Campinas, SP)

Voto favorável
"Valho-me do ensejo para expor a minha posição frente à publicação de resultados de votações no Plenário da Câmara dos Deputados, publicação essa ocorrida em 30 de janeiro de 1997.
Assim é que, para melhor situar cada caso, apresento o quadro abaixo:
1 - julgamento de militares: a Folha consignou minha ausência. Estive presente e votei 'N'.
2 - restrição às oposições: a Folha consignou minha ausência. Estive presente à sessão e votei 'N' na discussão do requerimento de urgência. Após ter votado 'N' à urgência, ausentei-me em razão de audiência ministerial previamente marcada.
3 - projeto de lei complementar nº 60/95 -Reforma Agrária Rito Sumário: a Folha consignou minha ausência. Estive presente à sessão.
Como ocorre algumas vezes, por problemas técnicos, o meu nome não constou no painel.
Em seguida manifestei o meu voto 'sim', o que consta em ata."
Edison Andrino, deputado federal pelo PMDB-SC (Brasília, DF)

Nota da Redação - Leia seção "Erramos" abaixo.

Ensino técnico
"Infelizmente o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, não se cansa. Sorrateiramente, sem discutir com a população, o ministro vai a público tentar impor um projeto que em nenhum momento contempla os estudantes técnicos.
Usando velhos chavões, afirma que o ensino técnico é caro e que a maioria das vagas está preenchida por alunos que entram na universidade e não seguem a profissão. Pura tagarelice.
A Ubes, juntamente com a comunidade estudantil, não aceita essas posições autoritárias que o governo vem tomando, já que o ensino técnico é hoje o único ensino público de qualidade que resta neste país.
Se o governo pensa que vamos ficar inertes, está enganado. Está convocada para o mês de março uma plenária com todos os estudantes de escolas técnicas para iniciarmos o nosso calendário de mobilizações contra o projeto."
Kérison Lopes, presidente da Ubes -União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (São Paulo, SP)

Sexo irresponsável
"Chega-se à conclusão de que a propaganda dos preservativos e sua distribuição incluem os seguintes inconvenientes: disseminação da Aids pelo fato de a proteção dada pelas camisinhas ser muito falha, indução à infidelidade conjugal, ao sexo irresponsável, ao uso do sexo antes e fora do casamento, a gravidezes precoces de adolescentes e às vezes com a prática do crime do aborto, enfim, uma série de efeitos contraproducentes.
E essa propaganda e a distribuição são feitas com grandes verbas do dinheiro do contribuinte, enquanto inúmeros hospitais se acham em condições materiais precárias e com falta de pessoal por 'insuficiência de verbas'.
Seria muito mais lógica e consentânea com os bons costumes uma propaganda nestes termos: 'Cuidado com a Aids -faça sexo somente com seu cônjuge'."
Antônio M. da Cruz, cônego, membro do Cabido Metropolitano de Juiz de Fora (Juiz de Fora, MG)

Clonagem
"Tem gente que nem entendeu direito o que é uma clonagem e já está falando besteira. Em primeiro lugar, um clone é como um xerox: parece o original, mas não é.
Em segundo: duplicar um animal irracional é uma coisa. Duplicar um ser humano já é outra história.
A clonagem duplica apenas a carga genética, com suas características físicas e intelectuais. Não duplica os conhecimentos adquiridos, que fazem uma pessoa 'ser o que ela é'.
Ou seja, todo indivíduo não é fruto somente de características genéticas, mas o resultado da combinação destas com as influências do meio em que ele viveu. Podemos duplicar Hitler, mas sem a Alemanha da década de 30 ele jamais começaria a Terceira Guerra Mundial."
Lauro Ney Batista (São José dos Campos, SP)

Armas ilegais
"Criminalizar o porte de arma não resolve o problema, a política acertada é preventiva, retirando-se das mãos dos incautos o perigoso instrumento que ceifa vidas inocentes.
Controlar o consumo é melhor do que reprimir o erro futuro."
Yvette Kfouri Abrão (São Paulo, SP)

Futricas
"Duas perguntinhas só: por que é que a Folha anda tão condescendente com os desrespeitos à Constituição e ao decoro que o cargo exige, praticados pelo gestor do Ministério de Futricas, sr. Sérgio Motta?
Será que a Folha está de olho na banda? O leitor atento já está olhando de banda. A banda vai passar e a empresa vai segui-la, atrás de altos lucros. E o grande jornal, deixará de ser aqui para sê-lo lá?"
José Teógenes Abreu (Brasília, DF)

Senna
"Todos nós, inclusive o próprio Senna, sabíamos e sabemos que pilotar um bólido é conviver com a morte.
Contudo é obrigação da Justiça esclarecer a opinião pública, pois todos os envolvidos no caso devem responder por sua parcela de responsabilidade.
Atribuir a culpa a um objeto perdido na pista é uma maneira muito simplista e até ingênua de obstruir a verdade."
Eduardo Grígolo (Jundiaí, SP)

Influência da TV
"A tragédia Daniela-Pádua-Paula pode servir para que os autores de novelas, inclusive Glória Perez, avaliem as consequências dos enredos que criam. Quase todas as novelas incluem crimes passionais, entre outras baixarias.
A força de persuasão de uma novela é muito grande. É uma repetição persistente que leva à adoção de modismos e de confusão entre personagens, atores e a vida real."
Cláudio R.C. Clemente (São Paulo, SP)

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