São Paulo, sábado, 1 de março de 1997
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Real satisfaz os de maior renda e jovens

JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
DA REPORTAGEM LOCAL

O paulistano mais otimista em relação ao governo FHC e ao Plano Real é homem, branco, tem renda familiar superior a R$ 2.240,00, pertence à classe A/B, cursou faculdade e tem entre 18 e 34 anos.
São nessas categorias que o presidente e seu plano de estabilização alcançam seus mais altos índices de popularidade.
Na classe A/B por exemplo, FHC tem 66% de aprovação contra 52% na D/E. O resultado é semelhante na divisão por faixa de renda: 67% entre os mais ricos e 51% entre os mais pobres.
Entre os homens e entre as pessoas brancas, o índice de bom e ótimo de Fernando Henrique é o mesmo, 59% -maior do que entre mulheres, 54%, e negros, 48%.
Curiosamente, embora os mais ricos e "incluídos" socialmente escolham adjetivos mais favoráveis para qualificar o governo FHC, esse mesmo segmento é mais rigoroso na hora de traduzir essa avaliação em números.
A nota média do presidente entre os entrevistados da classe A/B é 6,9, contra 7,4 na classe D/E. Neste segmento, ele teve o dobro de notas 10 (24%) que o obtido na classe mais alta (12%).
É na divisão dos entrevistados por nível escolar que a disparidade entre avaliação e nota é maior.
Ente os paulistanos com curso superior, 59% consideram o governo tucano bom ou ótimo. Na hora de dar a nota, entretanto, essas mesmas pessoas foram responsáveis pelo resultado mais medíocre do presidente: 6,6.
Já os entrevistados que só estudaram até o 1º grau deram nota 7,4, mas "apenas" 55% deles aprovam a gestão FHC.
Na média, o governo FHC recebeu nota 7,1 dos paulistanos.
A pesquisa Datafolha entrevistou 1.083 paulistanos. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
(JRTR)

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