São Paulo, quinta-feira, 6 de março de 1997
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Governo volta a propor o 'imposto verde'

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O MICT (Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo) voltou a propor ontem a cobrança do "imposto verde" para os proprietários de carros poluidores.
A idéia está sendo estudada desde o início do atual governo, quando Dorothéa Werneck era a titular do ministério.
O imposto seria cobrado dos proprietários de automóveis que não fossem a álcool. Para cobrar essa contribuição, o governo precisa encaminhar ao Congresso uma emenda constitucional.
A medida está em estudo por causa do fim do subsídio ao álcool hidratado, previsto para maio de 98. O secretário de Produtos de Base do ministério, Maurício Assis, se reuniu ontem com produtores de álcool.
A previsão de produção para a próxima safra é de 1 bilhão de litros, que representa aumento de 5% em relação à safra de 96, disse.
Em maio deste ano está previsto o fim do subsídio do álcool anidro, que é misturado à gasolina para reduzir a liberação de gases poluentes no ambiente.
A Associação Brasileira de Locadoras de Veículos propôs, na reunião, trocar a frota de 110 mil veículos para álcool e, de contrapartida, querem os mesmos benefícios dados aos taxistas -não pagam ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
A Associação de Revendedores Autônomos de Veículos, com frota de 200 mil carros, também aceitar fazer a troca, com redução da cobrança de ICMS.
O MICT defende a continuidade do Proálcool, de estímulo à utilização do álcool combustível.
Hoje, a frota de carros à álcool no país é de 4 milhões de unidades, o que representa 35% do total de automóveis de passeio. A produção do carro à álcool chegou a 96% do volume das montadoras, em 1985, e hoje é de apenas 2%.

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