São Paulo, quinta-feira, 6 de março de 1997 |
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Profissionais reconhecem valor
CELSO FIORAVANTE
Cássio Vasconcelos, que foi conferir a mostra em sua abertura, considera seu trabalho maravilhoso e destaca a precisão na utilização dos elementos. "Ele tem uma estética muito forte relacionada com a sexualidade, sem ser grosseiro ou gratuito. Suas fotos são ricas em luz e sua composição é precisa. Ele não desperdiça elementos. É muito clean e vai direto ao assunto", disse. Quem também gosta da composição é Dadá Cardoso, que prepara um livro de retratos a sair no final deste mês. "As pessoas se deixavam usar completamente e isso possibilitou que ele realizasse um trabalho literalmente do cacete. Tecnicamente ele é impecável e, mesmo nas fotografias mais convencionais, a geometria de sua composição é perfeita. Nada está fora do lugar", disse Dadá. Juan Esteves vê no norte-americano um seguidor da tradição de Richard Avedon e Irving Penn, mas destaca o papel de sua produção no desenvolvimento do mercado de fotografia. "É interessante lembrar que foi a partir dele que a fotografia contemporânea passou a ter status como objeto de coleção, o que impulsionou muito a produção." Cristiano Mascaro aprecia as flores e retratos, mas descarta os trabalhos mais polêmicos por achar que "a polêmica acaba se confundindo com a qualidade do trabalho do artista". A opinião é partilhada com Cláudio Edinger, que considera Mapplethorpe um gênio da fotografia. "Todo artista tem um lado dark e ele apenas resolveu pendurar o dele no varal", disse. Texto Anterior: Montagem valoriza Mapplethorpe no MAM Próximo Texto: Mostra apresenta acervo de d. Pedro 2º Índice |
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