São Paulo, sexta-feira, 7 de março de 1997
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Cai 41% saldo de investimento externo

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O saldo de investimentos estrangeiros na Bolsa de Valores de São Paulo caiu 41% em fevereiro, comparado ao mesmo mês de 96, totalizando US$ 160,9 milhões.
Apesar de um saldo menor, entraram US$ 3,9 bilhões -crescimento de 69% sobre o ano passado. E a saída de recursos totalizou US$ 3,8 bilhões, volume 84% maior que o de fevereiro de 96.
No acumulado do primeiro bimestre, os números estão mais próximos: US$ 842,6 milhões de saldo em 97, contra US$ 969,1 milhões, registrados no ano passado.
A Bolsa de Valores de São Paulo voltou a fechar em alta ontem: subiu 0,6% no dia, movimentando R$ 605,5 milhões. O Ibovespa acumula alta de 1,9% em dois dias.
Telebrás PN também voltou a subir -alta de 1%-, sendo que o último negócio saiu a R$ 108,00 (o lote de mil ações).
O otimismo do mercado paulista nos dois últimos dias foi impulsionado em grande medida pelo mercado de Nova York, que ontem operou em alta a maior parte do pregão, depois de subir 1,5% na quarta. No fechamento, Wall Street recuou, fechando praticamente estável.
Câmbio
No mercado de dólar, as cotações para entrega futura continuaram caindo. O contrato para o mês de junho, por exemplo, caiu 0,04% com relação ao dia anterior, projetando correção cambial de 0,72% para maio.
Nova York
Para o presidente do Citibank do Brasil, Roberto do Valle, o Federal Reserve (Fed) não deve mexer nos juros norte-americanos apenas para conter o ímpeto do mercado nova-iorquino de ações.
"O Greenspan (presidente do Fed) só quer saber de uma coisa: do índice de inflação nos EUA. Se ele sentir que a inflação está subindo, ele vai mexer no juro, caso contrário, não", diz Valle.
Na avaliação do executivo do Citi, não há sinais de alta da inflação norte-americana no curto prazo.
Para ele, a explicação para o fôlego dos papéis negociados em Nova York se deve principalmente a dois fatores: juros baixos (em termos históricos) e muito dinheiro "livre" no mercado mundial.
"Esses capitais ficam em busca de rentabilidade e por isso muitos acabam indo parar no mercado de risco", conclui.

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