São Paulo, sábado, 8 de março de 1997 |
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UDR monta 'plantão' em área de conflito
EDMILSON ZANETTI
Há duas semanas, um conflito na fazenda deixou seis sem-terra feridos a tiros. Oficialmente, os fazendeiros dizem que vão refazer as cercas destruídas na tentativa de invasão da sede da fazenda. O diretor financeiro da entidade ruralista, Antonio Renato Prata, disse que eles estarão desarmados. "Vamos em paz, para trabalhar." A UDR solicitou às polícias Militar e Civil que estivessem na área hoje para dar segurança. Um carro da PM se mantém na sede da fazenda desde o dia confronto, 23 de fevereiro. Temor As ações do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) costumam acontecer nos finais de semana. Os fazendeiros temem que possa haver nova invasão, já que os sem-terra prometem colher 280 alqueires de roça (200 de milho, 50 de arroz e 30 de amendoim) plantados dentro da fazenda. "Que vamos colher, não resta dúvida. Só não sabemos quando. Pode até ser neste fim de semana, quem sabe", disse José Eduardo Gomes de Moraes, um dos dirigentes do movimento. Moraes coordena o acampamento Taquaruçu, que fica em frente à fazenda São Domingos. Retorno ao Pontal Cerca de 1.300 pessoas, entre acampados, assentados e militantes do movimento dos sem-terra retornam hoje à região do Pontal do Paranapanema (extremo oeste de São Paulo). Eles estavam em Santo André (Grande São Paulo), onde se encerrou ontem o 12º encontro estadual do movimento. (EZ) Texto Anterior: MST vai usar a violência em conflitos em São Paulo Próximo Texto: Sem-terra protestam por inquérito rápido Índice |
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