São Paulo, sábado, 8 de março de 1997
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Rio concentra mais de 90% dos funcionários do ministério

DA SUCURSAL DO RIO

Mais de 90% dos cerca de 55 mil funcionários do Ministério da Saúde que trabalham fora de Brasília estão no Rio de Janeiro. O ministério gasta R$ 4,5 bilhões por ano com a folha de pagamento de seus 227 mil funcionários -incluindo os aposentados.
Há 129 mil funcionários que estão na ativa, dos quais 55 mil trabalham em outros Estados.
Embora o ministro Carlos Albuquerque ainda não tenha se pronunciado oficialmente sobre o assunto, o secretário-executivo da Saúde, Barjas Negri, afirmou que haverá revisão nos gastos do ministério e que todas as despesas consideradas desnecessárias serão cortadas. "Estamos enxugando o que é possível para assegurar que os programas que realmente atingem a população não sejam prejudicados", afirmou Barjas.
Metas
Na próxima semana, o presidente Fernando Henrique Cardoso anunciará as metas de seu governo para a saúde até 1998, a exemplo do que fez com a educação no início de seu governo.
As duas metas mais importantes serão a avaliação dos serviços prestados e a descentralização da gestão, repassando aos municípios a responsabilidade de administrar as verbas públicas que serão aplicadas no setor.
O ministério quer ter certeza de que os 137 municípios que estão em gestão semiplena estão cumprindo a lei e investindo pelo menos 10% de sua arrecadação anual em saúde. Se descumprirem a lei ou se não conseguirem melhorar os índices de saúde, poderão perder o direito de administrar os recursos por conta própria.
Também será intensificada a fiscalização da cobrança de internações e atendimentos ambulatoriais pelos hospitais conveniados ao SUS (Sistema Único de Saúde) para reduzir as fraudes.

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