São Paulo, sábado, 8 de março de 1997
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Otimismo em NY faz Bovespa subir 4%

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Embalada pela volta do otimismo ao mercado internacional, a Bolsa paulista voltou a fechar com alta ontem, subindo 0,6% no dia e movimentando R$ 523 milhões. Na semana, o Ibovespa subiu 4%.
Em Nova York, a semana também foi de alta nos preços das principais ações, com o Dow Jones subindo 1,8% no período.
Na mesma onda, Telebrás PN, papel que concentra em média 60% do volume negociado, encerrou a sexta-feira a R$ 108,70 (por lote de mil ações), o que representou uma valorização de 0,6%.
O mercado de ações continuou a apresentar forte oscilação. No melhor momento do dia, por exemplo, o Ibovespa acumulava alta de 1,07%, enquanto que, na mínima, a queda era de 0,7%.
Capital estrangeiro
Para o presidente da Bolsa, Alfredo Rizkallah, a queda de 41% no saldo de investimento estrangeiro em fevereiro é um indício de que o processo de transferência de negócios para NY "está ocorrendo".
"Quando dissemos que a incidência da CPMF poderia levar parte dos negócios para fora, acharam que era exagero. Agora tenho receio de que tínhamos razão."
Nova York
A Bolsa de Nova York operava ontem com forte tendência de alta, provocada pela divulgação do índice de desemprego nos EUA relativo ao mês de fevereiro. No fechamento, a alta foi de 0,81%.
Segundo informou o governo norte-americano, a taxa de desemprego caiu para 5,3% com a criação de 339 mil postos de trabalho -acima das estimativas iniciais de criação de 250 mil empregos.
Esse, na verdade, é o lado negativo do indicador, do ponto de vista de um investidor do mercado nova-iorquino de ações.
Porque pode levar o Federal Reserve a aumentar o juro nos EUA, já que o ritmo de crescimento está acima das expectativas.
No entanto, outro item do indicador de desemprego foi bem recebido pelos investidores e, pelo ânimo de Wall Street ontem, parece ter superado o lado negativo.
A "boa notícia" para o mercado é que o salário médio dos trabalhadores cresceu apenas US$ 0,03.
Indica que não há pressão inflacionária no curto prazo, ou seja, o Fed não deverá mexer nos juros.

Com agências internacionais

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