São Paulo, sábado, 8 de março de 1997
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Dornelles defende as medidas que protegem a economia

DA SUCURSAL DO RIO

O ministro da Indústria, do Comércio e do Turismo, Francisco Dornelles, fez a apologia da defesa comercial ao participar da cerimônia de lançamento do "Manual de Defesa Comercial", ontem, na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro.
"Abertura não é bobertura", disse, em alusão ao fato de que o país não pode ser bobo quando se trata de impor barreiras a produtos estrangeiros.
Dornelles disse que "hoje se acha que qualquer medida de defesa agride a economia liberal". "Temos que conduzir a política comercial como os grandes países conduzem, com pragmatismo."
O ministro citou o caso do açúcar, em que os Estados Unidos impõem pequenas cotas de importação. "O Brasil exporta a US$ 300 a tonelada, eles vendem por US$ 500 ou US$ 600. Estão protegendo um setor importante. Não é pecado fazer política setorial".
Ele lembrou as críticas recebidas pelo governo quando protegeu a indústria de brinquedos. "É um setor que hoje está respirando. Não podem vir fazendo práticas ilegais de comércio, tirando emprego do trabalhador brasileiro."
O manual, segundo o diretor do Secex (Secretaria de Comércio Exterior), Armando Meziat, serve para ensinar ao empresário brasileiro os passos de um processo de dumping (venda por preço abaixo do custo).
Ele disse que dos 50 processos de dumping já analisados pela Secex, 21 foram considerados procedentes, 22 improcedentes e 7 estão sendo estudados.

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