São Paulo, sábado, 8 de março de 1997
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Havelange sai pelos fundos

RÉGIS ANDAKU
DO ENVIADO A LAUSANNE

A eliminação do Rio de Janeiro abalou a credibilidade até então incontestável de João Havelange, o presidente da Fifa e um dos mais antigos membros do Comitê Olímpico Internacional.
Havelange "emprestou" sua influência e seu empenho à candidatura brasileira, mas, ontem, saiu pelas portas dos fundos do Museu Olímpico, local do anúncio das finalistas, sem dar declarações.
A queda do prestígio de Havelange coincide com sua decisão de deixar o cargo de chefia que ocupa na entidade que controla o futebol mundial.
O presidente do Comitê Olímpico brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, saiu "chateado" do auditório do museu e, ao contrário dos outros integrantes do grupo, disse ser necessário pensar num apoio a Buenos Aires.
Inicialmente abalado com a omissão do nome do Rio na lista, Pelé retomou seu bom humor ao ser cercado por fãs na saída. Distribuiu autógrafos, posou para fotos, deu entrevistas em inglês, português, italiano e espanhol e tentou animar Ronaldo Cezar Coelho.
(RA)

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