São Paulo, domingo, 9 de março de 1997 |
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Doações externas somam R$ 630 mil União Européia envia R$ 130 mil JUNIA NOGUEIRA DE SÁ
Outras entidades enviam contribuições mais modestas: a inglesa Christian Aid, a italiana Mani Tese, a canadense Desenvolvimento e Paz, a alemã Missão Central Franciscana e a francesa Caritas, todas elas católicas. O dinheiro vem para programas específicos, como educação de crianças nos assentamentos e acampamentos, a publicação do jornal ou ainda para cursos de capacitação técnica de agricultores. Para isso, o MST tem que apresentar projetos detalhados às entidades e participar de uma espécie de "concorrência" com outros movimentos sociais do Terceiro Mundo, que disputam essas verbas tradicionalmente empregadas em programas sociais. A União Européia, por meio de um programa de apoio aos direitos humanos, envia outros R$ 130 mil anuais destinados exclusivamente ao pagamento de advogados que atuam no MST, prestando assessoria jurídica e agindo para livrá-los da cadeia quando são presos. As doações são sempre feitas em nome da ANCA e sua entrada no país está registrada no Banco Central."Prestamos contas às entidades de cada centavo gasto aqui", diz João Pedro Stédile, da Direção Nacional. As doações são feitas desde 1987, e sempre giraram em torno dos mesmos valores. Verbas insignificantes Stédile diz que elas já foram "fundamentais" para organizar o MST no Brasil, mas hoje são "insignificantes" diante do orçamento geral do movimento. Apesar disso, o MST decidiu não pedir mais dinheiro às entidades nem procurar novas para contribuir. "É como mendigar. Você envia o projeto e depois ainda tem que apresentar as contas e uma auditoria sobre elas. Além disso, o movimento só vai crescer se a fonte de recursos for local." (JNS) Texto Anterior: De onde vem o dinheiro do MST Próximo Texto: Movimento esconde líderes Índice |
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