São Paulo, domingo, 9 de março de 1997
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Movimento esconde líderes

ESPECIAL PARA A FOLHA

A estrutura do MST, descentralizada e pulverizada, se baseia na dos partidos políticos obrigados a viver na semi-clandestinidade. A preocupação principal é garantir a segurança de seus líderes. Nem todos os dirigentes do movimento têm permissão para aparecer.
"Esse é o segredo do nosso sucesso", diz João Pedro Stédile, economista gaúcho que está no MST desde seu surgimento e é considerado seu mentor intelectual, rótulo que rejeita: "Sou, no máximo, um porta-voz diferenciado."
Na Direção Nacional, dos 21 integrantes apenas 7 são "públicos": Stédile, Gilmar Mauro, Darci Macchio, Egídio Brunetto, Valmir Assunção, Ênio Bornhemberger e José Rainha, que está com prisão preventiva decretada. "Se me perguntam um nome, posso até dizer se é da Direção Nacional. Mas não vamos entregar a lista de bandeja para o inimigo", explica ele.
No Norte e Nordeste, onde o MST avalia que existem mais riscos, as lideranças se confundem com sem-terra comuns. O movimento é forte no sul do Pará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e extremo oeste de São Paulo.

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