São Paulo, domingo, 9 de março de 1997
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Nova insulina auxilia diabético

ESPECIAL PARA A FOLHA

Uma insulina de ação ultra-rápida, obtida por meio de engenharia genética, também acabou de chegar ao mercado brasileiro. Promete melhor qualidade de vida e um controle mais fácil do diabetes.
As insulinas de "engenharia genética" já vêm substituindo há alguns anos as insulinas mais antigas, que eram obtidas do pâncreas de porcos e bois.
O maior limite ao seu uso mais amplo é que elas custam bem mais caro do que as insulinas de origem animal.
A biotecnologia inverteu a posição de duas moléculas (aminoácidos) na sequência da insulina e conseguiu obter uma substância que chega mais rápido ao sangue e que é eliminada com maior velocidade. Com isso, a nova insulina (produzida por colônias de bactérias) imita muito mais a natureza.
Ela deve facilitar a vida das pessoas que necessitam de várias doses diárias desse hormônio. Hoje, o diabético aplica quatro a cinco doses de insulina por dia. Faz duas aplicações de insulina lenta (ou NPH) e usa insulina regular 30 a 40 minutos antes das refeições.
Esse esquema exige muita disciplina. Se o diabético aplicar a injeção de insulina regular e não comer 40 minutos depois, ele pode entrar em hipoglicemia (baixa taxa de açúcar no sangue), com risco de desmaios e convulsões.
A nova insulina substitui a regular. A vantagem é que a pessoa aplica a injeção no momento em que a comida está sendo posta na mesa, o que diminui os riscos.

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