São Paulo, domingo, 9 de março de 1997
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Substância ativa crescimento

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

O hormônio de crescimento (GH) é outro exemplo do que uma colônia de bactérias "bem treinada" pode fazer pela humanidade.
Antes, esse hormônio só podia ser retirado da glândula pituitária de cadáveres, situação que limitava muito o seu uso.
Com a engenharia genética, o GH passou a ser produzido pelas bactérias e pôde ser testado em uma série de novas indicações.
Inicialmente, esse hormônio só era empregado em crianças que tinham níveis baixos de GH, em geral, por algum problema nas glândulas de seu corpo.
O GH é um hormônio que promove a "construção" de ossos e músculos. Por isso, ele vem sendo testado agora em pessoas com osteoporose (rarefação óssea), em pacientes com Aids que estão muito fracos ou em pacientes internados por longo tempo em uma UTI.
Pessoas com problemas renais crônicos, grandes queimados e meninas com síndrome de Turner (anomalia genética) também parecem se beneficiar com o GH.
O uso mais controverso é feito nas crianças que não têm falta de GH mas que apresentam uma baixa estatura (em geral, por determinação genética).
Alguns especialistas acreditam que esse hormônio pode fazer até mesmo essas crianças crescerem mais.
O preço é o grande fator limitante. O tratamento com GH por um ano (com aplicações diárias do produto) pode custar entre R$ 15 mil e R$ 18 mil.
(JB)

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