São Paulo, domingo, 9 de março de 1997 |
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Franceses cortam tarifas telefônicas
BETINA BERNARDES
É na área das telecomunicações que se sente mais o peso da concorrência. A abertura do capital das empresas telefônicas foi decidida pela União Européia e tem como data limite 1º de janeiro de 98. A France Télécom mudou seu estatuto no final de dezembro do ano passado e passou a ser uma sociedade anônima. Na segunda quinzena de maio, a empresa deve colocar à venda na Bolsa de Paris de 20% a 30% de seu capital. Poderão ser vendidas, progressivamente, até 49% das ações, mas o Estado continuará como acionista majoritário, com pelo menos 51% das ações. Como preparação para a abertura do mercado à concorrência internacional a partir de 98, a empresa de telecomunicações vêm baixando o preço de suas tarifas. Desde 4 de março, por exemplo, as ligações interurbanas baixaram 17,5%, e as internacionais, 20%, na média. Para outubro deste ano, está prevista uma nova redução de 21% nas chamadas interurbanas e outra de 17% em média para as internacionais. As quedas nas tarifas vêm sendo verificadas há alguns anos. Em 94, por exemplo, o preço médio de um minuto de conversação interurbana na França era de 2,30 francos (US$ 0,46). Desde 4 de março, esse preço passou a 1,39 francos (US$ 0,27) e deve chegar 1,20 francos (US$ 0,24) em outubro. A ligação França-EUA baixou em média 30%, passando de 4,45 francos por minuto (US$ 0,89) para 2,97 francos (US$ 0,59). Desde 94, as tarifas internacionais baixaram, em média, 60%. Eletricidade e gás Na área de eletricidade e gás, a EDF-GDF (Electricité de France-Gaz de France) também prevê reduções de tarifas para este ano, na continuação de uma política que já vem sendo implementada nos contratos de objetivos das duas empresas, controladas 100% pelo Estado. Em 96, as tarifas de eletricidade baixaram em média 0,7%. A partir de 15 de abril deste ano, as tarifas baixam 4,6%. Até o ano 2000, a meta é uma redução de 14%. Há uma diretriz européia que prevê a abertura de 30% do mercado de eletricidade daqui até 2003. Quanto ao gás, ainda não foi adotada uma diretriz, mas a meta da Gaz de France é baixar as tarifas numa média de 1,6% ao ano. No transporte ferroviário, as tarifas das grandes linhas e serviços regionais (que excluem a região parisiense) subiram 2,4% em 95, 1,9% em 96 e 1,4% em 97. Texto Anterior: Conta de luz deve aumentar no Brasil Próximo Texto: Migração do dinheiro se estabiliza Índice |
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