São Paulo, domingo, 9 de março de 1997
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Conta de luz deve aumentar no Brasil

DA REPORTAGEM LOCAL

No setor elétrico brasileiro, as tarifas ainda estão baixas -exceto nos casos de Light, Cerj e Excelsa, agora privadas.
Segundo o Banco Bozano, Simonsen, enquanto as empresas do Rio de Janeiro (Cerj e Light) têm tarifa de venda de US$ 84 por megawatt/hora, as companhias do sistema Eletrobrás recebem US$ 71. Todas arcam com a mesma tarifa de geração: US$ 30.
No Chile, onde há maior concorrência e as empresas obtiveram ganhos de produtividade nas usinas termoelétricas (incomuns no Brasil), os preços caíram após a privatização, no início dos anos 80. Ainda assim, são mais altos que os do Brasil: o custo de geração vai de US$ 35 a US$ 60 e, na distribuição, varia conforme a empresa, indo de US$ 93 (Chilectra) a US$ 112 (Chilgener). A conclusão é que os preços podem subir ainda mais no Brasil após a privatização.
"O governo deu garantia de correção monetária das tarifas nos oito anos de concessão da Light, mas só haverá redução real de tarifas a partir do nono ano.
Até lá, os ganhos de eficiência após a privatização não serão repassados para o consumidor", diz Sérvulo Lima, analista do Bozano, Simonsen.

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