São Paulo, domingo, 9 de março de 1997
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Falta de tecnologia causa a desocupação

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Os edifícios atualmente desocupados em São Paulo podem ser divididos em três categorias, na opinião de Paul Weeks, diretor da Bolsa de Imóveis de São Paulo, empresa especializada no mercado de imóveis comerciais.
"Há os prédios recém-lançados, os que têm idade entre cinco e dez anos e aqueles que estão localizados na região central da cidade, geralmente com mais de dez anos."
Um prédio recém-lançado pode estar vazio porque ainda não encontrou compradores ou porque é tão novo que não teve tempo de ser comercializado.
Já os prédios com idade entre cinco e dez anos são, geralmente, antigas sedes de grandes empresas. Nesse caso, o imóvel ficou vago porque seu ocupante faliu, cresceu ou diminuiu e precisou ocupar um espaço mais adequado.
Na terceira categoria, a dos prédios com mais de dez anos, Weeks lista os imóveis que ficaram obsoletos para uma grande empresa.
A maioria desses imóveis está no centro e já não atrai empresas de porte devido à ausência de condições tecnológicas, difícil acesso de carros e falta de segurança.
Reflexo
A soma desses fatores causa reflexos imediatos no comportamento do mercado imobiliário da região central da cidade.
Segundo o Datafolha, em 1996 o preço médio do m² de escritórios no Centro ficou em R$ 694,72, pouco mais que a metade dos R$ 1.383,32 por m² registrados na marginal Pinheiros e avenida Luiz Carlos Berrini, áreas pontilhadas de edifícios modernos.
Alguns desses imóveis desocupados nem sequer podem ser vendidos ou alugados devido a problemas judiciais. Segundo o consultor Luís Gonzaga Mayor, da Richard Ellis, há prédios com "mais de cem donos e herdeiros".

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