São Paulo, domingo, 9 de março de 1997 |
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Imprensa brasileira é ótima ou boa para 69% dos entrevistados
DA REPORTAGEM LOCAL A imprensa brasileira -e não só os quatro maiores jornais- é considerada ótima ou boa por 69% dos entrevistados pela pesquisa do Datafolha. Só 3% a consideram ruim ou péssima.Na comparação entre os jornais, o mais alto percentual da avaliação ótima ou boa ocorre entre os que lêem a Folha e "O Estado de S. Paulo" (73%). Liberdade de imprensa não é uma unanimidade entre os leitores de mais de dois jornais. 28% deles defendem algum tipo de controle, enquanto 68% preferem os jornais totalmente livres. Leitores com menos escolaridade e renda familiar menor são os que mais defendem o controle da imprensa. Entre os que têm até 1º grau, 37% acham que deveria haver algum tipo de controle. O percentual cai para 26% no caso dos entrevistados com curso superior. Na divisão por renda, o comportamento é similar. Os que mais defendem que a imprensa deve ser totalmente livre são homens ou entrevistados com idade entre 26 e 35 anos (ambas categorias com 74%). No Rio, a defesa da liberdade de imprensa é maior do que em São Paulo -72% contra 64%. Mais notícia A imprensa deveria noticiar mais e opinar menos, segundo os entrevistados. Mais da metade dos leitores (54%) defende essa posição. Os que querem mais análise e menos notícia somam 27%. Há uma divisão quando a questão é independência dos jornais. Para 28% dos entrevistados, a imprensa brasileira é independente, enquanto 27% acreditam que ela defende seus próprios interesses econômicos. O jornal é considerado um bem de primeira necessidade para 51%. Outros 46% dizem que ele não é imprescindível. Depois do jornal, o meio mais comumente usado para se informar é a TV (49%). As revistas são citadas por 17% dos entrevistados. Para os leitores de mais de dois jornais, a TV a cabo superou o rádio (16% contra 13%) e a Internet já é citada por 4% como meio para se obter informação. Não por acaso, o rádio é o mais citado quando se pergunta de qual veículo o leitor abriria mão (23%). Logo em seguida, vem a mais nova das mídias, a Internet (21%). Ficariam sem revista e sem TV a cabo 18% dos entrevistados. Texto Anterior: Qual o principal pecado da imprensa hoje? Próximo Texto: Para americanos, falta objetividade Índice |
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