São Paulo, domingo, 9 de março de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Brasileiro fez 'peregrinação'
FREDERICO VASCONCELOS
Anos antes, a jovem Anat, nascida em Tel Aviv, trocara aquela cidade litorânea pelo kibutz Kfar Szold. Ricardo e Anat viam no trabalho com a terra, no kibutz, a realização do ideal sionista (movimento pelo estabelecimento do Estado judaico na Palestina, que levou à criação de Israel). Nos seis meses em que ficou no Kfar Szold, Ricardo acordava às 6h para trabalhar na colheita. Às 15h, estava na piscina ou reservava a tarde para estudar hebraico. Ele conheceu Anat -filha de mãe colombiana e pai israelense-, e o namoro continuou quando ele se mudou para o kibutz Or Haner, no deserto de Negev. Anat, então prestando serviço militar, viajava nos dias de folga para visitar o namorado brasileiro, que cuidava do estábulo no kibutz. Ricardo mudou-se depois para o kibutz Gezer, formado por americanos veteranos do Vietnã. Anat concluiu o serviço militar, formou-se como educadora de deficientes auditivos e obteve licenciatura em pedagogia. Ricardo viajou ao Brasil e retornou depois para Israel, onde ficou num quarto kibutz: o Gan Shmuel. Após sete anos em Tel Aviv, vieram ao Brasil. Hoje, ele é publicitário, em São Paulo, e ela estuda literatura hebraica. Têm três filhos (um casal nascido em Israel e uma menina nascida no Brasil). (FV) Texto Anterior: Primeira comunidade tem museu Próximo Texto: Centenário do sionismo reabre debate sobre modelo Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |