São Paulo, domingo, 9 de março de 1997
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Brasileiro fez 'peregrinação'

FREDERICO VASCONCELOS
DO ENVIADO ESPECIAL

Em 1981, o paulistano Ricardo Slomka, então com 18 anos, arrumou as malas e, com outros judeus brasileiros, foi viver no kibutz Kfar Szold, no norte de Israel.
Anos antes, a jovem Anat, nascida em Tel Aviv, trocara aquela cidade litorânea pelo kibutz Kfar Szold. Ricardo e Anat viam no trabalho com a terra, no kibutz, a realização do ideal sionista (movimento pelo estabelecimento do Estado judaico na Palestina, que levou à criação de Israel).
Nos seis meses em que ficou no Kfar Szold, Ricardo acordava às 6h para trabalhar na colheita. Às 15h, estava na piscina ou reservava a tarde para estudar hebraico.
Ele conheceu Anat -filha de mãe colombiana e pai israelense-, e o namoro continuou quando ele se mudou para o kibutz Or Haner, no deserto de Negev.
Anat, então prestando serviço militar, viajava nos dias de folga para visitar o namorado brasileiro, que cuidava do estábulo no kibutz.
Ricardo mudou-se depois para o kibutz Gezer, formado por americanos veteranos do Vietnã.
Anat concluiu o serviço militar, formou-se como educadora de deficientes auditivos e obteve licenciatura em pedagogia.
Ricardo viajou ao Brasil e retornou depois para Israel, onde ficou num quarto kibutz: o Gan Shmuel.
Após sete anos em Tel Aviv, vieram ao Brasil. Hoje, ele é publicitário, em São Paulo, e ela estuda literatura hebraica. Têm três filhos (um casal nascido em Israel e uma menina nascida no Brasil).
(FV)

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