São Paulo, sexta-feira, 14 de março de 1997
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Preso 5º acusado de assalto a bar em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Antônio Jeomar Livino, 25, o "Alemão", foi preso anteontem pela polícia na Baixada do Glicério (região central de São Paulo). Ele era um dos dois acusados do crime do bar Bodega, em Moema (zona sul), que continuavam em liberdade. Outros quatro acusados já haviam sido presos.
Livino havia permanecido dois meses escondido em sua cidade natal, Cruz (CE). Ele confessou ter participado do crime. "Tentei evitar os tiros, mas não deu", disse.
O crime aconteceu em 10 de agosto de 1996. Um grupo de assaltantes invadiu o bar, matou a estudante Adriana Ciola e o dentista José Renato Posadas Tahan e feriu Milton Bertoline Neto. Fugiram em dois carros com o dinheiro do caixa e objetos dos fregueses.
Além de Livino, já haviam sido presos Sandro Márcio Olímpio, o Gaguinho, Silvanildo Oliveira da Silva, o Nildo, Zeli Salete Vasco, a Rose, e Sebastião Alves Vital, o Bastos. Somente o taxista Francisco Ferreira de Souza, o Chuim, permanece foragido.
Além disso, a polícia apreendeu roupas e correntes que foram roubadas dos clientes do Bodega.
"Ele (Livino) foi um dos quatro que entraram no bar durante o assalto", disse o delegado Wagner Giudice, da Divisão de Homicídios. Livino afirmou que ficou na portaria, impedindo a saída do bar e dominando quem entrava.
Gaguinho teria sido o responsável pelos tiros que mataram o dentista e a estudante. O outro disparo, que feriu Bertoline Neto, teria sido efetuado por Vital.
A polícia só identificou Livino após sua prisão. Até então, os policiais conheciam apenas seu apelido. Ele foi detido após voltar a frequentar os bares da Baixada do Glicério.
A polícia recebeu uma informação anônima sobre o acusado e ficou vigiando os bares.
Livino não carregava arma no momento da prisão. Disse que vendera seu revólver calibre 32 após o crime do Bodega a fim de viajar para o Ceará.
Inocentes
Antes da prisão do grupo liderado por Nildo e Vital, o 15º DP havia detido nove homens que foram acusados pelo crime. Três deles confessaram ter participado do roubo ao Bodega.
Sob a suspeita de que os três confessaram sob tortura, o Ministério Público pediu a libertação dos inocentes. Na Corregedoria da Polícia Civil, foi aberto um inquérito a fim de apurar as agressões que os inocentes teriam sido vítimas.
Três policiais, cujos nomes não foram revelados, foram indiciados sob a acusação de lesão corporal dolosa (quando há intenção de ferir). Eles não foram acusados de tortura porque a lei que regulamente esse tipo de crime ainda não foi aprovada pelo Congresso.

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