São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 1997
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Mulher de Pitta esconde agenda e foge de jornalistas

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar da declaração de que manteria intacta sua rotina mesmo depois da revelação de seu possível envolvimento com o Banco Vetor, a primeira-dama de São Paulo, Nicéa Pitta, alterou seu ritmo de vida e passou as últimas 48h evitando dar explicações sobre o caso.
O desaparecimento aconteceu após a notícia de que o Vetor -um dos bancos implicados no escândalo dos precatórios- foi o responsável pelo pagamento do aluguel de um carro em nome da primeira-dama.
Contrariando o hábito de sair para o trabalho por volta das 10h30, ontem Nicéa deixou sua casa às 11h25.
Com o objetivo de despistar os jornalistas, o carro da mulher de Pitta fugiu em alta velocidade pelos Jardins. Durante o dia, nenhum dos assessores da primeira-dama soube informar onde ela se encontrava.
Depois de vários pedidos, a Folha recebeu a agenda de Nicéa às 17h43, 1h13 min após o encerramento de seu último compromisso oficial, marcado para as 16h30.
Funcionários do Centro de Apoio Social e Atendimento do Município de São Paulo, onde trabalha a primeira-dama, recusaram-se a fornecer informações sobre a mulher de Pitta.
O mistério só terminou às 17h10, quando Nicéa, acompanhada de seguranças, chegou à sua casa. Ela se recusou a dar entrevistas.
O prefeito Celso Pitta, que hoje participaria da inauguração de apartamentos do projeto Cingapura, cancelou a visita. Ontem ele voltou a negar que tenha se encontrado com funcionários do Vetor.

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