São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Estudante é preso envolvido em sequestro
FERNANDA DA ESCÓSSIA
Na invasão do cativeiro, localizado numa casa em construção em Água Santa (zona norte), os cinco sequestradores atiraram contra os policiais, que chegaram a ficar encurralados num beco. No tiroteio, dois policiais saíram feridos e dois sequestradores morreram. Outros dois fugiram e o universitário Antônio Marcos da Costa foi preso. Outro sequestrador, Flávio Henrique da Silva, já havia sido preso anteontem. Através do depoimento dele e do rastreamento dos telefonemas para a família do comerciante, feitos de um orelhão, os policiais da DAS identificaram o cativeiro e os demais envolvidos no sequestro. Houve um pedido de resgate no valor de R$ 200 mil, que não chegou a ser pago. Os dois sequestradores presos afirmaram em depoimento que tinham intenção de apenas levar o carro de Roberto Santana. Resolveram sequestrá-lo quando descobriram que ele era comerciante. O estudante, que é também dono de uma lanchonete, cursa o sétimo período de direito na Universidade Gama Filho, em Piedade (zona norte). Ele se recusou a dar entrevista e disse que, embora preso em flagrante, não tinha envolvimento com o sequestro. Os sequestradores Carlos Alberto Santos, 31, e outro identificado como Jorge Bicudo morreram no tiroteio. O detetive Eduardo Rasles foi baleado na perna esquerda, e o detetive Écio Correia levou três tiros no abdômen. Os dois foram socorridos no hospital Salgado Filho, no Méier (zona norte). O comerciante Roberto de Lima Santana é dono de uma loja de equipamentos de combate a incêndio. Ele foi sequestrado no caminho de casa por seis homens. No cativeiro, era mantido algemado a um basculante. Estava vendado e sujo. Ao ser libertado, ele prestou depoimento e reconheceu o estudante entre os dois homens que o renderam. A Folha tentou ouvir o comerciante, mas sua secretária, Nadja Regina, informou que ele não daria declarações. Sequestros em andamento A polícia confirma que há dois sequestros em andamento, mas há indícios de pelo menos seis. É comum que as famílias não dêem informações à polícia, preocupadas com a segurança da vítima. Estão confirmados os sequestros do presidente da Associação Cristã de Moços, José Maria de Souza Melo, e do professor Joaquim de Oliveira. A família de Melo pediu que a polícia se afastasse do caso. Texto Anterior: Condenada brasileira nos EUA por ter coca; Contêiner é roubado na rodovia Imigrantes Próximo Texto: Perfil de criminoso muda, diz Luz Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |