São Paulo, domingo, 23 de março de 1997
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DEPOIMENTO

"Nunca, nem mesmo na adolescência, me senti atraída por homem de terno, tipo executivo, nem por 'intelectualóide' problemático, que se leva a sério e quer discutir filme de arte.
Prefiro os relaxados de cabeça, mas não de corpo: gosto de gente que se cuida mesmo.
Meu tipo ideal é o Mário. Ele tem corpão, malha, pega sol e fala besteira. A gente morre de rir juntos.
O mais engraçado é que eu tive uma educação bem conservadora: minha mãe é 40 anos mais velha do que eu e deve ter imaginado para mim um marido empresário, de vida estável e pneuzinho na cintura -justamente o tipo de namorado que eu nunca tive.
Associo esse gênero com gente estressada, complicada, mal-humorada. A maior parte dos homens 'caretas' (heterossexuais preconceituosos) têm assuntos que só interessam a eles (como garotas, trabalho, futebol) e quando abordam uma mulher fingem que são sensíveis.
Alguns choram, se deprimem, hilário. Sabe aquele texto rebuscado, mas mal acabado, que a gente vê em filme da sessão da tarde? Pois é."

Valéria Braga, 25, é produtora de festas no Rio de Janeiro.

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