São Paulo, domingo, 23 de março de 1997 |
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Principais doenças mentais em crianças . Autismo Criança se desliga da realidade e vive em um mundo próprio. O autismo não tem cura, mas pode ser tratado para que o portador consiga executar tarefas. O autismo pode ser ou não genético. Ele pode ser provocado, por exemplo, por uma meningite ou traumatismo craniano . Depressão Criança deixa de se desinteressar por tudo o que lhe dá prazer, perde o apetite, diminui o rendimento escolar, se recusa a sair de casa ou o do quarto, mostra comportamento alterado com família e amigos. A depressão não tem cura, mas pode ser tratada com medicamentos para que o indivíduo leve uma vida normal. Os casos de depressão mais graves podem levar a criança ao suicídio . Esquizofrenia Criança cria um mundo à parte diferente do autismo, tem alucinações, ouve vozes, não consegue se relacionar com os outros, fica inapta ao convívio social. Criança tende a se retrair e se inibir, tem perda de apetite e peso . Retardo mental Pode ou não ser genético. A criança tem desenvolvimento incompatível com sua idade. Pode ser causado, por exemplo, por uma meningite . Anorexia Recusa patológica de se alimentar. Pode levar à morte . Distúrbios de ansiedade Podem se manifestar como síndrome do pânico, quando a criança teme acontecimentos inexistentes. Pode ainda se manifestar sob a forma de obssessão por objetos ou comportamentos e fobia de situações e objetos específicos . Distúrbios escolares A criança, por problemas psicológicos de alguma ordem, não consegue acompanhar os estudos ou se recusa a ir à escola. É diferente de birra ou manha. É um estado patológico . Psicose É uma denominação genérica que se dá às várias doenças mentais, quando elas representam mais gravidade. O psicótico pode ser maníaco depressivo, ou seja, alterna estado de euforia extrema com depressão profunda. O psicótico pode se tornar violento. Pode se automutilar ou machucar os outros - O conselho dos médicos 1. Comportamentos diferentes ou considerados estranhos nas crianças devem ser observados pelos pais 2. Em caso de problemas na escola, pais devem conversar com professores para tentar descobrir causas 3. No caso de perda de apetite, ou aparecimento de febre, o primeiro profissional a ser consultado é o pediatra 4. Se o comportamento estranho persistir, os pais devem encaminhar a criança ao psiquiatra, que poderá avaliar se o quadro representa necessidade de tratamento, terapia ou apenas orientação - Total de casos atendidos* Atendimentos por ano 1994 - 5.576 1995 - 6.449 1996 - 5.924 - Média de permanência no HC* Internação em dias 1994 - 136,9 1995 - 90,5 1996 - 62,7 * Números se referem ao Instituto de Psiquiatria Infantil do Hospital das Clínicas de São Paulo Fonte: Instituto de Psiquiatria Infantil do HC Texto Anterior: Lesões e ambiente alteram comportamento Próximo Texto: Psiquiatria adapta local e põe pais em colchões no chão Índice |
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