São Paulo, domingo, 23 de março de 1997 |
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Diretor da CEF rebate críticas
GABRIEL J. DE CARVALHO
A instituição, gestora do fundo, "regulamentou tardiamente e mal" a nova modalidade, diz ele. O diretor de Gestão do FGTS da Caixa, José Coelho, admite que a maioria dos bancos não está aparelhada para prestar esse serviço em poucos casos e em prédios construídos sem vínculo a financiamento bancário. Mas rebate as críticas e afirma que não há tanta complexidade. A CEF, segundo ele, fez o possível para facilitar a liberação do FGTS para imóveis na "planta". Prova disso, afirma, é que a vistoria das obras por engenheiros do agente financeiro pode ser feita até mesmo trimestralmente, quando o normal é de mês em mês -a liberação do FGTS é feita em parcelas, conforme o ritmo da obra. Quando à documentação da empresa, exige-se contrato social, matrícula do imóvel, planta e cronograma físico e financeiro das obras, cita Coelho: "Qual a construtora que já não tem tudo isso?" O comprador que vai usar os recursos do FGTS, acrescenta ele, pode agora fazer uma declaração de que não possui outro imóvel no município ou financiado, ou apresentar a declaração do IR. Foi dispensada a exigência de certidões em cartórios, diz Coelho. Ele também não vê maiores problemas na exigência de o contrato de promessa de compra e venda ser registrado em cartório, fato também admitido por Miranda. Quanto custa A CEF, afirma Coelho, atende a todos os interessados em usar o FGTS na compra de imóvel. "Mas às vezes a pessoa quer outro agente, do qual já é cliente, para fazer a operação", justifica. O custo na CEF, informa Coelho, chega no máximo a R$ 350 pelo serviço de instruir o processo, avaliar o imóvel e acompanhar a obra: 3% do valor de compra e venda, com limite de R$ 200, mais R$ 150. Esse montante dá uma idéia da resistência dos demais bancos às operações com o FGTS. Para liberar o fundo na compra de imóvel já pronto, fora do SFH, com pagamento à vista, sem vistoria de obras, algumas instituições cobram taxa próxima de R$ 1.000. A rigor, todos os bancos estão obrigados a entrar no circuito de liberação do FGTS. Mas as normas não fixam taxa pelo serviço. (GJC) Texto Anterior: Fraude limita simplificação Próximo Texto: Saques para moradia cresceram 43% em 1996 Índice |
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