São Paulo, domingo, 23 de março de 1997
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Ferido, Wagner foi para cadeia

MÁRIO MOREIRA
DO ENVIADO A SERRA TALHADA (PE)

O meia defensivo Wagner Nunes de Araújo, 21, tem jogado "baleado". Não no sentido figurado, de contusão, mas literalmente.
Ele tem uma cicatriz nas costas, resultado de uma bala disparada, segundo Wagner, por um policial. "Atiraram num cara, eu estava com ele e a bala bateu em mim."
O policial militar Laércio Nunes Menezes, primo de Wagner, conta a versão completa: o jogador, em troca de R$ 200, invadiu, com amigos, uma delegacia em Calumbi (PE), para libertar um preso.
Interceptados pela polícia, eles fugiram, com Wagner baleado. "Com medo de ser fuzilado, ele se entregou para mim e ficou um tempo na cadeia", conta Menezes.
Wagner tem fama de pistoleiro. Ele nega, diz que atira mal e ri. É suspeito (inquérito 004/96) de ter matado José Cristiano de Souza.
Quando passam de carro para pegá-lo, rumo à concentração, ele abre só uma fresta, de onde se vê uma espingarda calibre 12.
Apesar da derrota em 1996 para o Íbis, "o pior time do mundo", Wagner não desanima. "O importante é lutar. Aqui não tem lugar para pipoqueiro (covarde)."
(MM)

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