São Paulo, domingo, 23 de março de 1997
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Tirar foto com o presidente deixa de ser bom negócio

The Wall Street Journal
de Nova York

DO "THE WALL STREET JOURNAL"

"A saga do levantamento de fundos para a campanha em Washington continua, mas já teve impacto negativo em uma antiga instituição política: a foto com o presidente na Casa Branca", diz.
O empresário Johnny Chung e sua companhia doaram mais de US$ 300 mil para o Partido Democrata nos últimos dois anos. "Uma das recompensas que ele mais almejava era uma foto dele e de seus amigos chineses ao lado do presidente Clinton", diz o "Wall Street".
O jornal informa que o empresário californiano, um dos pivôs do escândalo de financiamento da campanha de Clinton, e um de seus amigos usaram as fotos para promover seus negócios.
"Isso deu ao hábito de tirar fotos com o presidente uma má fama", disse David Hume Kennerly, fotógrafo da Casa Branca no tempo do presidente George Bush.
Fotos com o presidente "não são uma mercadoria tão rara quanto o sr. Chung imaginava".
"De fato, como em outras administrações, o estúdio fotográfico da Casa Branca é uma verdadeira linha de montagem, que despeja fotos do comandante-chefe cumprimentando todo mundo, de enfatuados monarcas a extenuados batedores de sua comitiva", diz.
Segundo Joe Lockhart, porta-voz do presidente, são 12 mil rolos de filme por ano gastos pelos fotógrafos oficiais. São distribuídas 300 mil cópias de fotos ao ano.
O ex-fotógrafo da Casa Branca Bill Fitz-Patrick deve ser o recordista de rapidez. Após Jimmy Carter perder a reeleição, em 1980, ele visitou a sede da campanha para cumprimentar os que trabalharam com ele. Todos se enfileiraram para cumprimentar Carter e Fitz-Patrick tirou 600 fotos em meia hora.

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