São Paulo, domingo, 23 de março de 1997
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Oposição quer maior representatividade

DA REPORTAGEM LOCAL

Conheça as propostas de Eliane Bernardino, candidata à presidência da ABF (Associação Brasileira de Franchising), e de Gregory Ryan, candidato a vice-presidente:
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Folha - Como vocês estão vendo a atuação da ABF hoje?
Ryan - Sinceramente não tenho opinião. Nunca fui um grande usuário. Nunca estive envolvido com a ABF. Mas tudo muda.
Eliane - Eu sou membro da diretoria atual da ABF. O que eu observo é que ela tem feito bons trabalhos, mas existe um potencial muito maior que pode ser explorado.
Eu respeito muito as pessoas que estão lá, que abriram muitas portas, e, se formos eleitos, poderemos aproveitar. Eu acho que a ABF precisa não só de mais trabalho, mais realizações, mas de uma maior representatividade.
Isso é uma coisa que nossa chapa está apresentando. Tem representantes de quatro Estados, empresas grandes e pequenas.
Folha - Qual é a palavra de ordem da campanha?
Eliane - A entidade tem de ter representatividade e serventia.
Folha - O McDonald's já havia participado da ABF?
Gregory Ryan - O McDonald's tinha uma participação ativa até mais ou menos dois anos e meio atrás. Ficamos fora devido à carga de trabalho. Acho que essa ausência foi necessária e agora é hora de voltar e ajudar a classe.
Folha - Quais os planos de vocês na diretoria da ABF?
Eliane Bernardino - Nós temos uma listinha com quase 15 itens. O principal seria agregar a máxima representatividade possível.
Ela tem de ser mais ouvida tanto pelos órgãos governamentais como pela imprensa, candidatos a franquia, potenciais franqueadores, todos os integrantes do segmento. Usar mais a sua voz de representante máxima do setor.
Queremos eventos para prestigiar todo esse público. E não apenas feiras e seminários para quem quer comprar franquia.
Ryan - A comunicação é um ponto básico. Não somente com esse público-alvo, mas com as autoridades. O crescimento das franquias é irreversível. Antigamente, alguém abria o próprio negócio, mas não com uma marca conhecida. Hoje, a tendência é as pessoas buscarem idéias para alcançar uma operação bem-sucedida.
Folha - A eleição é direta, mas feita por membros plenos e sêniores. Existe intenção de que ela seja feita por todos os associados?
Eliane - A gente nunca discutiu isso. E temos de cumprir um estatuto quando assumimos a casa. Não podemos, por opiniões nossas, alterar uma coisa que está estabelecida.
Em termos de opinião pessoal, é uma coisa que a chapa pode discutir. No futuro temos de consultar os associados. E, se for um desejo, podemos estudar a questão.
Folha - É que fiquei surpreso com o pequeno número de eleitores, cerca de 200. Há um número bem maior de empresas...
Ryan - Também é uma opinião pessoal. Para expandir o sistema de franquia, precisam ser expandidos os direitos de voto por parte de franqueadores e franqueados.
Folha - A chapa tem preocupação em atuar junto ao governo para criar mecanismos de redução da tributação de franquias?
Eliane - Basicamente, a gente tem olhado a questão do ISS (Imposto sobre Serviços).
Ryan - Gostaríamos, primeiro, de ver uma reforma tributária geral no país.

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