São Paulo, domingo, 23 de março de 1997
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Situação luta pela continuidade de ações

DA REPORTAGEM LOCAL

Confira abaixo as propostas de Fabio Paiva Guimarães, candidato a presidente da ABF pela chapa Consolidação, e de Guilherme Affonso Ferreira, candidato ao cargo de diretor de relações internacionais da entidade:
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Folha - Qual é a plataforma da chapa Consolidação?
Fabio Paiva Guimarães - Subdividimos em duas partes. Uma é a gestão interna, o que a gente pretende fazer dentro da ABF. Queremos ampliar os serviços da entidade, dar continuidade ao que foi criado nesta semana (na semana passada) -o indicador de performance, o censo. Isso está agora sendo feito pela própria ABF. Será um indicador próprio. Uma idéia nossa é reestruturar e reaparelhar nossas regionais.
Folha - Quantas regionais a ABF tem?
Guimarães - Temos uma seccional no Rio de Janeiro e regionais em Brasília, Salvador, Porto Alegre e Belo Horizonte. A idéia é mudar um pouco o perfil das regionais, com objetivos e metas coordenados pela ABF.
Folha - Na área externa, quais as ações previstas?
Guimarães - Vamos melhorar o relacionamento com a imprensa, com os órgãos governamentais e com entidades como o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Folha - Vocês têm preocupação em pressionar o governo para melhorar a tributação do setor?
Guimarães - Estamos desenvolvendo uma série de ações com o Ministério da Indústria, Comércio e Turismo, especificamente com o órgão Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), com dois objetivos: o primeiro, melhor fomentar a relação do governo com o franchising. E o segundo, que já foi conquistado, é uma linha de crédito.
A ABF pode repassar um aval para que os franqueadores e franqueados possam usufruir dos recursos sem burocracia.
Guilherme Affonso Ferreira - Não podemos andar na frente do país. Se o país não tem fundos de dez anos, nós só podemos andar atrás dos que estão disponíveis. O Finep é um deles. E pretendemos fomentar o surgimento de recursos.
Folha - Fábio, você está se candidatando à reeleição...
Guimarães - Não é reeleição. Na verdade, eu dei continuidade a uma gestão anterior.
Folha - Essa foi a primeira vez que participou da entidade?
Guimarães - Já faço parte da ABF há seis ou sete anos. Primeiro, indiretamente, depois, como membro da comissão de ética, até integrar esta última gestão. E, com o afastamento do Bernard (Jeger, ex-presidente), dei continuidade.
Folha - Existe previsão de mudanças na estratégia da entidade?
Guimarães - Sem dúvida. Nós já conseguimos empreender na ABF uma velocidade mais acelerada. A entidade vive das parcelas que arrecada. Tivemos de intensificar o número de produtos, uma série de cursos básicos e mais profundos.
Ferreira - Nas duas chapas que existem, as pessoas se conhecem e são amigas. No nascimento dela (da chapa), não havia uma distância filosófica. Nossa visão é que a ABF faz um grande trabalho. Queremos fazer mais, sem nenhum rancor pelo passado.
Folha - O que ainda precisa ser feito?
Ferreira - A questão financeira é muito importante. O desenvolvimento de franquias no Brasil está sempre amarrado aos fundos de longo prazo. Nós achamos que temos de ser participantes disso.
Mas não podemos vender a idéia de que essa chapa vá trazer recursos de longo prazo, porque o sistema financeiro do país não está preparado para isso.

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