São Paulo, segunda-feira, 24 de março de 1997
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Festival superou 30 mil espectadores

DANIELA ROCHA
ENVIADA ESPECIAL A CURITIBA

Na sua sexta edição, o Festival de Teatro de Curitiba consolidou sua forma. Agora, definitivamente, é um festival de estréias e que pretende mostrar um panorama do teatro brasileiro da atualidade.
Cerca de 30 mil pessoas assistiram 19 espetáculos nos teatros, outras tantas viram as três peças apresentadas nas ruas da cidade.
O festival foi orçado em R$ 3 milhões, pagos com permutas, apoios e desembolso de R$ 1,5 milhão pelos organizadores, o trio Leandro Knopfholz, 23, Cássio Chamecki, 26, e Victor Aronis, 35.
"Não existe prejuízo, nossa empresa ganha com o que o festival gera", afirmou Chamecki.
Este ano, pela primeira vez, a empresa Festival de Teatro de Curitiba vendeu um espetáculo produzido por ela -"Deadly"- para apresentações em Brasília, Salvador, Campinas e também na Espanha e Canadá.
A experiência de produzir espetáculos deve continuar, como também a grade, com 22 espetáculos. "Pretendemos ampliar os eventos paralelos e criar um circuito paralelo de apresentações de peças", disse Knopfholz. Curitiba quer ter um evento de Primeiro Mundo, como é o festival de Edimburgo (Escócia).
Além disso, o trio tem planos de construir em breve o projeto Estúdio de Teatro, uma oficina cenotécnica que seja um pólo de produção cenotécnica para espetáculos do Brasil todo.
"Também pretendemos criar o hábito nos realizadores de preparar um espetáculo com planejamento de viagem, com cenários que possam ser transportados", disse Aronis.
Um dos eventos paralelos, a Feira de Negócios, também deve crescer no próximo ano. Produtores teatrais entram em contato com organizadores de festivais do Brasil e do mundo e exibem vídeos e distribuem informativos em inglês sobre os espetáculos.
Este ano, o espetáculo "Velox", de Deborah Colker, foi negociado na feira para ser apresentado no Canadá.

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