São Paulo, segunda-feira, 24 de março de 1997
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Nota de mulher é menor

FERNANDO ROSSETTI
DE NOVA YORK

O Centro de Estudos sobre Políticas para Mulheres, uma organização não-governamental de Washington, iniciou uma campanha este mês exigindo transformações no SAT -o teste de final de 2º grau que boa parte das universidades norte-americanas usa para selecionar seus alunos.
O SAT declara como o objetivo prever, de forma científica, "o desempenho que os alunos terão no primeiro ano de graduação".
A história dos resultados revela padrões constantes: as mulheres sempre tiram notas médias mais baixas que os homens, os asiáticos vão melhor em matemática e os negros têm notas mais baixas.
As diferenças nos resultados podem só traduzir diferenças socioeconômicas nos grupos em questão, como afirma o College Board, responsável pelo SAT.
Segundo a entidade, entre esses fatores está o fato de que os meninos fazem mais cursos de cálculo, computação e laboratório que as meninas, ou a evidência de que, quanto mais rica a família, melhor a nota do estudante.
Mas o centro afirma que no primeiro ano de faculdade as meninas em geral têm notas mais altas que os meninos.
A campanha do centro -que visa à instalação de uma comissão de investigação no Congresso- é reforçada pelo fato de que a concessão de bolsas em universidades ser feita com base no SAT.
(FR)

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