São Paulo, quarta-feira, 26 de março de 1997 |
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Brasil perde piloto às vésperas do GP
FÁBIO SEIXAS
O comunicado foi feito ao piloto pelo proprietário da escuderia, o inglês Eric Broadley. "Não sei ainda exatamente o problema que houve. Sei que a Lola e a Mastercard romperam e não tínhamos como continuar sozinhos", disse. "Foi um choque." Com a extinção da Lola, toda a equipe de mecânicos e engenheiros, que já estava em Interlagos, voltará para a sede da escuderia, em Huntingdon, na Inglaterra. A Lola abandona a F-1 após uma tentativa frustrada de voltar à categoria. Afastada das pistas desde 93, anunciou o retorno para esta temporada como a chance de provar sua competência na categoria mais importante do automobilismo. A fábrica inglesa já obteve sucesso na Indy, Indy Lights e F-3000. A F-1 era encarada por Broadley como um último desafio a vencer. Na abertura da temporada 97, no início do mês, em Melbourne (Austrália), a Lola não conseguiu colocar nenhum de seus dois carros no grid de largada. O carro ficou pronto duas semanas antes do primeiro GP, inviabilizando um cronograma de testes. 'Clube' O acordo entre a Mastercard e a Lola foi anunciado em São Paulo, há três meses. Na ocasião, a multinacional do setor de cartões de crédito lançou um "clube", visando arrecadar fundos para o projeto. A idéia era pagar todos os gastos na F-1 com as mensalidades pagas pelos "sócios", que teriam direito a brindes, como jantar com os pilotos, por exemplo. "Ainda hoje (ontem), participei de duas promoções para a Mastercard. Recebi a ligação do Broadley no meu celular quando estava indo para Interlagos", disse Rosset. O piloto afirmou não saber o que fazer na temporada. "Ainda estou desorientado. Vou esperar alguma proposta para ser piloto de teste." Ele disse ainda não ter conversado com seu companheiro de equipe, o italiano Vicenzo Sospiri. Em São Paulo, um funcionário da Mastercard confirmou o rompimento com a equipe Lola. Hóspedes A maioria dos pilotos estrangeiros já chegou a São Paulo para a disputa do GP Brasil. O italiano Giancarlo Fisichella, da Jordan, confirmou que participará da prova. Ele machucou o joelho em um acidente na semana passada. "Ainda não voltei a pilotar o Jordan, mas não terei problemas." Também já chegaram ao Brasil Jan Magnussen (DIN/Stewart), Jacques Villeneuve (CAN/Williams), Olivier Panis (FRA/Prost), Mika Salo (FIN/Tyrrell), Mika Hakkinen (FIN/McLaren), Jean Alesi (FRA/Benetton) e Ukyo Katayama (JAP/Minardi). Rubens Barrichello, da Stewart, disse que vai correr o GP como se fosse a abertura da temporada. "Uma pista de rua, como a de Melbourne, não serve como parâmetro. O campeonato começa agora para mim." LEIA MAIS sobre a F-1 à pág. 3-16 Texto Anterior: Brasileiro abre hoje mata-mata decisivo Próximo Texto: São Paulo vence e segue na Copa do Brasil Índice |
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