São Paulo, quarta-feira, 26 de março de 1997 |
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NOTAS DA CERIMÔMIA NOTAS DA CERIMÔNIA 1 Não foi apenas a própria Lauren Bacall, 72, que ficou surpresa por não ter ganhado o prêmio de melhor atriz coadjuvante. Todo mundo já dava como certo o mais que merecido reconhecimento a esta talentosa veterana do cinema. A surpresa da vencedora, Juliette Binoche ("O Paciente Inglês"), foi tamanha que ela nem soube o que dizer em seu discurso de agradecimento. 2 No quesito agradecimento, os destaques da noite foram o ator coadjuvante Cuba Gooding Jr. e o diretor Jan Sverák, de "Kolya - Uma Lição de Amor" (melhor filme estrangeiro). Gooding, que com o Oscar conquistado se tornou o quarto ator negro contemplado pela academia, fez uma performance estilo rapper, excedendo em muito o tempo que lhe cabia com gritos de "Tom Cruise, I love you" e outros "I love you" a todos. A platéia, emocionadíssima, aplaudiu de pé. Mais tarde, o tcheco Jan Sverák ganhou na criatividade do agradecimento. Ele fez de seu discurso um bate-papo com a estatueta, explicando a ela que agora iria morar em Praga, na Europa. 3 No quesito comoção, Muhammad Ali reinou absoluto. Ele subiu no palco junto com Leon Gast e David Sonenberg, os vencedores do prêmio de melhor documentário por "When We Were Kings". 4 O pianista David Helfgott, interpretado por Geoffrey Rush em "Shine - Brilhante" (Oscar de melhor ator), também marcou presença na entrega. Ele executou "O Vôo do Besouro", de Rimsky-Korsakov, balbuciando e tropeçando na interpretação. Foi uma demonstração de por que a crítica não o aclama tanto quanto o público -que tem se manifestado calorosamente a seu favor, especialmente depois da fama adquirida com o filme. Texto Anterior: Agonia de Bacall, glória de Binoche e histeria de Cuba resumem o show Próximo Texto: Diretor de Kolya fala com estatueta Índice |
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