São Paulo, quarta-feira, 26 de março de 1997
Próximo Texto | Índice

Sequestro no Peru está no fim, afirmam diplomatas

Guerrilheiros do MRTA aceitaram asilo em Cuba, diz imprensa

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os guerrilheiros do MRTA que mantêm 72 reféns em Lima concordaram com o asilo em Cuba, disseram ontem fontes diplomáticas citadas pela "Reuter" e por jornais peruanos.
A concordância do Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA) seria o primeiro passo para a solução da crise dos reféns.
A contrapartida, concessões que seriam efetuadas pelo governo do presidente Alberto Fujimori, não foram estabelecidas.
"Já haveria acordo para terminar com o drama dos 72 reféns", diz o jornal "La República".
"O asilo já parece acertado. A questão central agora é o que fazer com os emerretistas presos", informou uma fonte diplomática não-identificada. Fujimori já declarou que não vai libertar qualquer guerrilheiro preso no país.
Fim próximo
Outra fonte, citada pela "Reuter", disse que a crise deve terminar dentro 10 a 14 dias.
"Há um certo grau de otimismo. Nós vemos flexibilidade por parte do governo e do MRTA", disse o embaixador interino da Bolívia no Peru, Eloy Avila, que substitui a Jorge Gumucio, um dos reféns.
Um diplomata japonês afirmou que os guerrilheiros exigiram levar com eles até Cuba, como salvo-conduto, oito reféns, incluindo o chanceler do Peru, Francisco Tudela, e o embaixador japonês no país, Morihisa Aoki.
As negociações diretas entre o governo e os líderes da ação do MRTA em Lima estão oficialmente paralisadas há algum tempo.
As partes têm entrado em contato indiretamente por meio da Comissão de Garantes, que, na semana passada, pressionou por avanços nas negociações. A comissão disse então que estava chegando a seu limite.

Próximo Texto: O negro Pitta
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.