São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 1997 |
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Diretor do BC terá de depor outra vez
DANIEL BRAMATTI
A nova convocação foi decidida depois da descoberta de que o Banco Vetor -uma das instituições financeiras investigadas pela CPI- fez uma ligação telefônica para Ferreira, em outubro de 1996. O chefe do Dedip era o responsável pela elaboração dos pareceres que orientavam os senadores sobre os pedidos de emissão de títulos feitos por Estados e municípios. No primeiro depoimento à CPI, Ferreira teve de explicar por que alguns dos pareceres do BC não eram conclusivos. Além disso, o chefe do Dedip foi responsável por dois relatórios contraditórios sobre a emissão de títulos da Prefeitura de São Paulo. Num deles, limitou a emissão a R$ 25 milhões. Depois, elevou o valor para R$ 506 milhões. Ferreira disse à CPI que recebeu "pressões políticas" para retificar o primeiro parecer. O relator do pedido no Senado foi Gilberto Miranda (PFL-AM), que acabou autorizando uma emissão ainda maior: R$ 606 milhões. Além de depor novamente, Ferreira terá de participar de uma acareação com Pedro Neiva Filho e Maria Helena Cella, ex-funcionários da Secretaria das Finanças paulistana. O sigilo bancário, fiscal e telefônico de Ferreira também pode ser quebrado, para facilitar a investigação sobre as conexões entre o BC e a equipe de Ramos. Texto Anterior: Empreiteiro avisou assessor Próximo Texto: Lista de SC era irregular, diz Almeida Índice |
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